Zelensky: Rússia complica fim da guerra na Ucrânia
Zelensky: Rússia complica fim da guerra na Ucrânia
Zelensky: Rússia complica fim da guerra na Ucrânia domina o debate diplomático neste domingo (24), após o presidente ucraniano acusar Moscou de rejeitar repetidos pedidos de cessar-fogo e, assim, dificultar o encerramento do conflito que já dura mais de dois anos.
Zelensky endurece tom contra Moscou
Em comunicado na rede X, Volodymyr Zelensky declarou que a Rússia “ainda não decidiu quando vai parar de matar”, postura que, segundo ele, “complica a situação”. O líder defendeu garantias globais de segurança, o retorno de crianças “sequestradas em territórios ocupados” e a retirada de tropas russas como pré-condições para uma paz sustentável.
Trump quer acordo direto, sem trégua prévia
A declaração ocorre na véspera da visita de Zelensky a Washington. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou após a cúpula de sexta-feira com Vladimir Putin, no Alasca, que pretende “pular o cessar-fogo” e negociar um acordo permanente, alegando que tréguas “geralmente não se sustentam”.
Reportagem da BBC News indica que Trump transmitiu a Kiev a proposta russa de retirada ucraniana de Donetsk em troca da suspensão do avanço de Moscou em Zaporizhzhia e Kherson. Zelensky já descartou qualquer cessão do Donbas, afirmando que tal medida poderia servir de trampolim para novos ataques.
Europa mantém pressão por inclusão de Kiev
Líderes europeus, entre eles Emmanuel Macron, Friedrich Merz e Ursula von der Leyen, defenderam que “fronteiras não podem ser alteradas pela força” e que Zelensky deve participar de qualquer formato de diálogo. O primeiro-ministro britânico Keir Starmer elogiou o esforço de Trump, mas alertou que “o caminho para a paz não pode ser decidido sem Kiev”.
Enquanto isso, a “coalizão dos dispostos” — formada por Reino Unido, França e Alemanha — faz reunião virtual hoje para ajustar um pacote de apoio militar e financeiro antes da agenda de Zelensky na Casa Branca.
Imagem: Internet
Com o impasse sobre o cessar-fogo e novos contornos na diplomacia internacional, resta saber se a visita do líder ucraniano aos EUA resultará em avanços concretos ou novas pressões sobre Kyiv.
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Crédito da imagem: Getty Images
