XP CEO Conference sinaliza cautela e busca por renda fixa

XP CEO Conference sinaliza cautela e busca por renda fixa

XP CEO Conference sinaliza cautela e busca por renda fixa

XP CEO Conference sinaliza cautela e busca por renda fixa ao reunir mais de 80 empresas e 400 investidores no Rio de Janeiro, evidenciando preocupação com as tensões comerciais Brasil-EUA e seus reflexos sobre o fluxo de capital.

XP CEO Conference sinaliza cautela e busca por renda fixa

O segundo encontro anual, promovido pela XP, expôs um otimismo contido entre executivos e gestores. A pesquisa da corretora mostrou queda na disposição de ampliar posições em renda variável, apesar do maior nível de alocação em ações observado nos portfólios. A renda fixa permanece como classe de ativos preferida dos clientes, enquanto cresce o interesse por investimentos internacionais.

Nos painéis, analistas discutiram o impacto de uma possível desaceleração da economia brasileira no segundo semestre. Setores sensíveis a juros elevados, como transporte, relataram maiores desafios, ao passo que construtoras focadas em baixa renda mantêm ritmo aquecido.

Para o time econômico da XP, o Produto Interno Bruto nacional deve avançar 0,3% no segundo trimestre, após alta de 1,4% no início do ano. Crédito mais restritivo pesa sobre a atividade, mas renda em alta, mercado de trabalho aquecido e programas de transferência tendem a evitar um recuo mais forte.

No cenário internacional, cresce a expectativa de que o Federal Reserve reabra o ciclo de cortes de juros já na reunião de setembro, probabilidade estimada em 80%. A medida, se confirmada, deve favorecer moedas latino-americanas e aliviar parte da pressão sobre bancos centrais da região.

A temporada de balanços trouxe resultados heterogêneos. O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no segundo trimestre, abaixo das projeções, com retorno sobre patrimônio de 8,4%. No setor de bens de capital, Embraer e Marcopolo surpreenderam positivamente, enquanto a Cemig ficou em linha com as expectativas.

Mapeamento feito pela XP revela mudança no posicionamento dos fundos de ações em julho: participação de bancos subiu 183 pontos-base, atingindo 13% da carteira, enquanto elétricas recuaram, mas ainda representam 23,7%. Mineração e siderurgia ganharam espaço, e parte relevante do capital estrangeiro deixou a B3: R$ 6,3 bilhões no mercado à vista e R$ 7,3 bilhões em futuros entre julho e início de agosto.

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Imagem: Internet

Entre os fundos imobiliários, o RECR11 segue com recomendação neutra. Embora apresente dividend yield atrativo, a exposição a créditos arrojados impõe cautela no ambiente macroeconômico atual.

Os debates também anteciparam o simpósio de Jackson Hole de 2025, que tratará de mercado de trabalho, demografia e produtividade, mantendo o evento como termômetro das políticas monetárias globais.

Em síntese, a XP CEO Conference reforçou a visão de que o segundo semestre exigirá postura defensiva, com atenção ao ritmo econômico doméstico e ao cenário de juros nos Estados Unidos.

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Crédito da imagem: Reprodução

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