Trump e Putin se encontram no Alasca para discutir guerra na Ucrânia

Trump e Putin se encontram no Alasca para discutir guerra na Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, têm reunião marcada para esta sexta-feira, 15 de agosto, no Alasca. O objetivo oficial é buscar caminhos para um cessar-fogo na Ucrânia, conflito que já se estende há mais de três anos.

Pressão por cessar-fogo

Trump convocou o encontro com uma semana de antecedência, no mesmo dia em que expirava o prazo dado por Washington para Moscou aceitar um cessar-fogo ou enfrentar novas sanções econômicas. Segundo o governo norte-americano, a conversa servirá para “estabelecer a base” de um futuro diálogo direto entre Putin e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Em entrevista à rádio Fox News nesta quinta-feira (14/8), Trump afirmou que há “25% de chances” de a reunião fracassar. O republicano disse que perceberá “nos primeiros minutos” se o encontro será produtivo e que está disposto a encerrá-lo rapidamente caso avalie o contrário.

Promessas e frustrações

Durante a campanha que o levou de volta à Casa Branca, Trump prometeu resolver a guerra em 24 horas após assumir o mandato. A meta não foi alcançada, e o presidente passou a pressionar publicamente o Kremlin. No mês passado, ele declarou à BBC estar “decepcionado” com Putin e, quando questionado sobre confiança no líder russo, respondeu: “Não confio em quase ninguém”.

A um dia do encontro, Trump voltou a criticar Moscou. “Se eu não fosse presidente, Putin tomaria toda a Ucrânia. Mas eu sou, e ele não vai brincar comigo”, afirmou.

Relação marcada por altos e baixos

Analistas lembram que a relação entre os dois mandatários já oscilou entre elogios públicos e ameaças. No início de 2025, Washington chegou a apoiar Moscou em votação na ONU e discutiu uma possível cooperação em projetos de mineração. Meses depois, a Casa Branca endureceu o tom e impôs tarifas secundárias a países que continuam negociando com a Rússia, atingindo primeiro a Índia.

Durante o primeiro mandato de Trump, fotos e encontros descontraídos entre ambos renderam a expressão “bromance” na imprensa internacional. Atualmente, os dois líderes dizem manter uma relação pragmática, apesar de constantes atritos.

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Imagem: terra.com.br

Pontos de convergência

Especialistas ouvidos pela BBC apontam características semelhantes nos estilos de liderança de Trump e Putin. Ambos cultivam a imagem de “homem forte”, defendem pautas conservadoras em questões de gênero e família e utilizam retórica nacionalista para mobilizar suas bases políticas. Ainda assim, divergem em temas estratégicos e mantêm agendas próprias de poder.

Expectativa para a reunião

Fontes diplomáticas norte-americanas afirmam que o encontro no Alasca será restrito, com participação de poucos assessores e sem previsão de coletiva conjunta. Não há indicação de que Putin aceite um cessar-fogo imediato, mas Washington espera, ao menos, avançar em parâmetros para negociações futuras.

O desfecho da conversa poderá definir os próximos passos da política externa dos Estados Unidos e o grau de isolamento econômico da Rússia. Caso não haja progresso, novas sanções americanas devem ser anunciadas ainda em agosto, segundo assessores da Casa Branca.

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Com informações de Terra

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