Trump e Putin no Alasca com tapete vermelho irritam Ucrânia

Trump e Putin no Alasca com tapete vermelho irritam Ucrânia

Trump e Putin no Alasca com tapete vermelho irritam Ucrânia

Trump e Putin no Alasca com tapete vermelho irritam Ucrânia foi o cenário que abriu o sábado (hora local) para Kiev. A recepção calorosa organizada por Donald Trump ao presidente russo, com soldados americanos ajoelhados para estender o tapete vermelho, suscitou temores de concessões sobre a guerra e provocou forte repulsa entre autoridades e civis ucranianos.

Trump e Putin no Alasca com tapete vermelho irritam Ucrânia

Sem acordos políticos ou militares, a cúpula no Alasca terminou esvaziada, mas as imagens da cerimônia bastaram para acender o debate. Vladimir Putin, isolado desde a invasão em larga escala à Ucrânia, chegou escoltado por caças dos EUA e dividiu a limusine presidencial com Trump, trocando risadas durante o trajeto.

Para muitos ucranianos, a cena simbolizou a “legitimação de um criminoso de guerra”. A advogada Maria Drachova, de Kiev, classificou o evento como “encenação para agradar Putin”. Já o analista Oleksandr Kovalenko lamentou o “excesso de pompa que deveria ter sido substituído por contenção diplomática”.

Num momento tenso da breve coletiva em Elmendorf Air Force Base, um repórter questionou Putin sobre o bombardeio de civis. O líder russo apenas sorriu e fez sinal de não ter ouvido, gesto que ampliou a indignação em Donetsk, região mais afetada pelo conflito. “Perdi casa e familiares. Ver aquela expressão foi esmagador”, relatou Serhii Orlyk, 50 anos.

Especialistas alertam que, mesmo sem concessões explícitas, o encontro fortaleceu o Kremlin. Kier Giles, pesquisador do Chatham House, avaliou que Putin obteve “vitória simbólica” ao ser tratado como estadista, apesar do mandado de prisão internacional.

Analistas também preveem pouco impacto imediato na postura europeia. Em declaração, o presidente Volodymyr Zelensky reforçou a necessidade de líderes da União Europeia participarem de qualquer diálogo futuro para evitar que Moscou imponha exigências unilaterais.

De volta a Washington na próxima segunda-feira, Zelensky tentará garantir apoio militar sem renunciar a territórios. Kovalenko acredita que os EUA dispõem de “ferramentas amplas” para pressionar Moscou, mas descarta que gestos cerimoniais façam parte da estratégia. “Provavelmente foi capricho de Trump, não plano calculado”, concluiu.

Com o protocolo controverso no Alasca, cresce a expectativa por negociações que priorizem resultados concretos, e não apenas a estética diplomática.

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Crédito da imagem: Getty Images

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