Tiroteio em Porepunkah deixa dois policiais mortos
Tiroteio em Porepunkah deixa dois policiais mortos
Tiroteio em Porepunkah deixa dois policiais mortos desencadeou uma caçada em larga escala na manhã desta terça-feira, quando dez agentes cumpriam um mandado de prisão por supostos crimes sexuais em uma propriedade rural a 300 km ao nordeste de Melbourne, no estado de Victoria.
Tiroteio em Porepunkah deixa dois policiais mortos
De acordo com o chefe da Polícia de Victoria, Mike Bush, o grupo foi recebido a tiros por um suspeito “fortemente armado” por volta das 10h30 (horário local). O detetive de 59 anos e o sargento de 35 anos foram “assassinados a sangue-frio”, enquanto um terceiro policial sofreu ferimentos graves e precisou ser transportado de helicóptero para um hospital regional.
O atirador, identificado pela imprensa australiana como Dezi Freeman, fugiu a pé para uma área de mata densa. A polícia acredita que ele esteja sozinho, mas ainda procura localizar a esposa e os dois filhos do suspeito. Centenas de agentes, unidades de elite e helicópteros participam da operação, classificada como “incidente ativo”.
Moradores de Porepunkah—cidade alpina com cerca de mil habitantes—receberam orientação para permanecer em casa. “Nossa prioridade é capturá-lo e restaurar a segurança da comunidade”, disse Bush, pedindo que o fugitivo se entregue imediatamente.
A prefeita do Conselho de Alpine Shire, Sarah Nicholas, homenageou as vítimas e manifestou “profundo pesar e apoio inabalável” às famílias. O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, e a premiê de Victoria, Jacinta Allan, elogiaram a coragem dos policiais.
Freeman se declara “cidadão soberano”, grupo que, segundo a Polícia Federal Australiana, rejeita a autoridade do governo. Embora a maior parte desses simpatizantes seja considerada pacífica, relatório de 2023 aponta “capacidade latente para inspirar violência”, cenário agravado pela pandemia de Covid-19. Casos como o da emboscada que matou dois policiais em Queensland, em 2022, reforçam temores sobre risco de novos ataques em zonas rurais.

Imagem: Internet
Crime com armas de fogo é relativamente raro na Austrália, país que impôs algumas das leis de controle de armas mais rigorosas do mundo após o massacre de Port Arthur, em 1996. Ainda assim, autoridades reforçam que ameaças pontuais exigem resposta rápida e coordenada. Segundo BBC News, operações de busca seguem durante a noite.
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Crédito da imagem: BBC News