Tesouro pré-histórico pode impulsionar turismo na Suécia
Tesouro pré-histórico encontrado em um pântano de Gerstaberg, perto de Järna, no sul da Suécia, promete transformar a área em um novo ponto turístico voltado à arqueologia.
Arqueólogos do órgão estatal Arkeologerna localizaram troncos, estacas e trançados de vime preservados num ambiente sem oxigênio, o que impediu a decomposição do material por milênios. Entre os artefatos estão bastões entalhados – possivelmente usados como bengalas –, cestos e armadilhas para pesca.
Tesouro pré-histórico pode impulsionar turismo na Suécia
Testes de datação por carbono indicam duas fases de ocupação: de 3.300 a 2.900 a.C. e de 2.900 a 2.600 a.C. Naquela época, o pântano atual era um lago rico em vida aquática. Espécies como castanha-d’água e espinheiro-marítimo faziam parte da dieta local, e passarelas de madeira permitiam alcançar áreas distantes para coleta de frutos.
Os pesquisadores também procuram vestígios de fogueiras e de uma pequena construção de madeira, possivelmente usada no preparo de alimentos. A equipe avalia que a comunidade pré-histórica pode estar ligada à cultura Pitted Ware, que ocupou o Báltico entre 3.500 e 2.300 a.C. e manteve hábitos de caça, pesca e comércio mesmo após a expansão da agricultura.
Para tornar o achado acessível ao público, o terreno será mapeado em alta resolução e todos os objetos reconstruídos em 3D. Quando concluído, o tour virtual permitirá que visitantes “caminhem” pelas antigas passarelas do lago. Segundo a Swedish National Heritage Board, responsável por políticas de preservação (https://www.raa.se/), iniciativas digitais como essa aproximam a sociedade de seu patrimônio cultural.
Além da experiência virtual, autoridades locais estudam a criação de uma rota turística física, com passarelas elevadas sobre o pântano, painéis informativos e atividades educativas sobre a vida na Idade da Pedra.
Imagem: Arkeologerna
Combinando história, tecnologia e preservação ambiental, o projeto deve gerar empregos na região de Södermanland e atrair visitantes interessados em arqueologia e ecoturismo.
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Crédito da imagem: Arkeologerna/Reprodução
