Tarifas nos EUA não impulsionam inflação, diz Barclays

Tarifas nos EUA não impulsionam inflação, diz Barclays

Tarifas nos EUA não impulsionam inflação, diz Barclays

Tarifas nos EUA não impulsionam inflação, diz Barclays Estudo do banco britânico indica que, em maio, menos da metade das importações foi tarifada e a alíquota efetiva ficou em 9%, bem abaixo dos 12% anunciados pela Casa Branca.

Tarifas nos EUA não impulsionam inflação, diz Barclays

Analisando dados do US Census Bureau, o Barclays constatou que apenas 48% dos produtos que chegaram ao mercado norte-americano em maio estavam sujeitos às tarifas definidas pelo governo Donald Trump. A alíquota média ponderada – calculada pelo peso de cada país na pauta – foi de 9%, contra os 12% divulgados oficialmente e bem distante dos 2,5% registrados um ano antes.

Segundo o relatório, isenções para itens como fármacos, semicondutores, determinados eletrônicos e mercadorias oriundas do Canadá e do México reduziram a pressão sobre os preços. Também foram poupados bens com pelo menos 20% de conteúdo fabricado nos Estados Unidos.

Outro fator decisivo foi a estratégia de empresas e consumidores de migrar compras para fornecedores com impostos menores ou nacionais, movimento que já vinha sendo sugerido por indicadores de estoque pré-tarifa. Estudo do J.P. Morgan corroborou a tendência ao mostrar alíquotas reais inferiores às médias oficiais.

Apesar da aparente calmaria, o Barclays alerta que o impacto total das tarifas nos EUA ainda pode surgir. A Casa Branca ameaçou elevar a taxação para 250% sobre produtos farmacêuticos e 100% sobre semicondutores, além de encerrar a isenção para remessas de até US$ 800. Se as brechas forem fechadas, a alíquota média deve alcançar 15% nos próximos meses.

O índice de preços ao consumidor avançou 2,7% em julho em comparação anual, estável ante junho, mas o Índice de Preços ao Produtor subiu 0,9% mês a mês, maior alta em três anos. Para o Barclays, esse salto sinaliza que importadores começam a arcar com os custos adicionais e tendem a repassá-los aos consumidores.

A resistência do presidente Trump a admitir inflação mais alta segue intensa. Nesta semana, ele pressionou o Goldman Sachs após o banco prever repasse de preços. Ainda assim, especialistas citados pela agência Reuters veem espaço limitado para escapar de aumentos se as tarifas subirem como planejado.

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Crédito da imagem: NeoFeed

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