Suspeito Madeleine McCann Christian Brückner deixa prisão
Suspeito Madeleine McCann Christian Brückner, 48 anos, foi libertado na manhã desta sexta-feira do presídio de Sehnde, no norte da Alemanha, onde cumpria pena por um estupro ocorrido em 2005.
O alemão, apontado por promotores como principal investigado no desaparecimento de Madeleine McCann, foi conduzido para fora da unidade em um Audi preto, dirigido por seu advogado e escoltado pela polícia. Segundo o porta-voz Lars Dehnert, a operação foi planejada para “ocorrer da forma mais discreta possível”.
Suspeito Madeleine McCann Christian Brückner deixa prisão
Apesar de permanecer no radar das autoridades portuguesas, alemãs e britânicas, Brückner jamais foi formalmente acusado pelo sumiço da menina britânica, que desapareceu aos três anos em maio de 2007, na Praia da Luz, Algarve. Ele nega qualquer envolvimento.
Condenado pelo abuso de uma turista norte-americana de 72 anos em Portugal, o ex-mecânico terá de usar tornozeleira eletrônica. As autoridades não revelaram seu destino imediato após a soltura, alegando questões de segurança e privacidade.
Promotores da cidade de Braunschweig sustentam que dados de telefonia colocam Brückner na região do resort na noite do desaparecimento. Entretanto, a falta de evidências materiais robustas impede a apresentação de denúncia por homicídio, como prevê a legislação alemã. O BBC News relembra que buscas recentes em um reservatório a 50 km do local não trouxeram novas pistas.
Entre 2000 e 2017, o suspeito viveu alternando endereços no Algarve e na Alemanha, acumulando passagens por furtos, tráfico de drogas e crimes sexuais contra menores, ocorridos em 1994 e 2016. Em outubro de 2023, ele foi absolvido de outras acusações de abuso sexual supostamente cometidas em solo português, reforçando as diferenças jurídicas entre os dois países.
Imagem: Internet
No Reino Unido, a Operação Grange — investigação conduzida pela Scotland Yard desde 2011 — já consumiu mais de £13,2 milhões. Em abril, o governo britânico aprovou mais £108 mil para manter o inquérito, que continua a tratar o caso como pessoa desaparecida.
A libertação de Brückner reacende questionamentos sobre a possibilidade de avanço nas apurações. Para especialistas, sem novos elementos probatórios, o enigma que completa 17 anos segue sem previsão de desfecho.
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Crédito da imagem: EPA/Shutterstock
