Softbank investe na Intel com aporte de US$ 2 bilhões

Softbank investe na Intel com aporte de US$ 2 bilhões

Softbank investe na Intel com aporte de US$ 2 bilhões

Softbank investe na Intel com aporte de US$ 2 bilhões, adquirindo cerca de 87 milhões de ações ordinárias e assumindo 2 % do capital da fabricante norte-americana de chips.

Softbank investe na Intel com aporte de US$ 2 bilhões

O conglomerado japonês liderado por Masayoshi Son tornou-se o sexto maior acionista da Intel ao desembolsar US$ 2 bilhões pelo novo lote de papéis. O movimento reforça a estratégia do Softbank de impulsionar o ecossistema de inteligência artificial (IA) e recuperar espaço frente à dominância da Nvidia no segmento de semicondutores.

“Acreditamos que a fabricação e o fornecimento de semicondutores avançados vão se expandir ainda mais nos Estados Unidos, com a Intel desempenhando papel central”, afirmou Son em nota oficial. O CEO da Intel, Lip-Bu Tan, agradeceu a confiança: “Masa e eu trabalhamos juntos há décadas; este investimento ressalta nosso compromisso em liderar a tecnologia americana”.

O Softbank buscava, desde 2024, uma parceria de produção que oferecesse chips e software de IA a gigantes como Meta e Google. Embora as negociações iniciais não tenham avançado, a chegada de Tan ao comando da Intel, em março, reacendeu as conversas culminando no aporte atual. Segundo o Financial Times, Son enxerga na fabricante norte-americana a base para criar uma alternativa industrial aos projetos da Nvidia.

Além do investimento direto na Intel, o grupo japonês já liderou uma rodada de US$ 40 bilhões na OpenAI, comprou a Ampere Computing por US$ 6,5 bilhões e, em parceria com OpenAI e Oracle, anunciou a joint venture Startgate, que promete injetar até US$ 500 bilhões em infraestrutura de IA com apoio do presidente dos EUA, Donald Trump.

Governo dos EUA pode virar maior acionista

Paralelamente, a Casa Branca negocia a compra de aproximadamente 10 % da Intel ao converter subsídios do US Chips and Science Act em participação acionária. A lei, aprovada em 2022, já destina US$ 10,9 bilhões em subvenções e até US$ 11 bilhões em empréstimos à companhia. Caso a operação se confirme, o Tesouro norte-americano superará todos os demais investidores, injetando recursos adicionais e acelerando a expansão fabril em território local.

Os novos aportes chegam em um momento crítico. No segundo trimestre, a Intel registrou prejuízo líquido de US$ 2,9 bilhões, com receita estagnada em US$ 12,9 bilhões. Mesmo assim, o mercado reagiu positivamente: as ações avançaram mais de 5 % no pre-market desta terça-feira, acumulando alta de 18 % no ano e valorizando a empresa em US$ 103,5 bilhões.

Impacto estratégico

Com o reforço financeiro do Softbank e a possível entrada do governo dos EUA, a Intel ganha fôlego para competir em processos avançados de fabricação, hoje dominados pela TSMC, e reforçar o posicionamento dos EUA na cadeia global de semicondutores.

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Crédito da imagem: NeoFeed

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