Sinal Uau tem potência maior, revela estudo revisado

Sinal Uau tem potência maior, revela estudo revisado

Sinal Uau tem potência maior, revela estudo revisado

Sinal Uau, captado em 1977 pelo radiotelescópio Big Ear, acaba de ganhar nova avaliação que corrige dados-chave e confirma intensidade bem superior à estimada, revitalizando o debate sobre inteligência extraterrestre.

Frequência ajustada e localização mais precisa

O trabalho, disponível em pré-impressão no repositório arXiv, analisou mais de 75 mil páginas de registros digitalizados com softwares modernos. A equipe redefiniu a frequência do sinal de 1420,4556 MHz para 1420,726 MHz. A pequena diferença indica que a fonte possuía rotação muito mais rápida do que se pensava, o que ajuda a restringir cenários de origem.

Potência sobe para 250 Janskys

Outra revisão crucial eleva a intensidade do fenômeno para 250 Janskys, superando a faixa anterior de 54 a 212 Janskys. O ganho de potência exclui hipóteses de interferência humana — não havia transmissões de TV ou satélites sobre a área de observação naquela noite de agosto de 1977 — e mantém vivo o interesse científico. Segundo o SETI Institute, emissões artificiais costumam exibir padrões diferentes dos observados, mas a ausência de explicação definitiva sustenta o mistério.

Erros históricos identificados

Os pesquisadores também detectaram um atraso de 21 segundos no relógio do sistema e um canal incorretamente rotulado que afetava os cálculos de frequência. A correção desses pontos aumenta em dois terços a confiança sobre a região celeste de origem, embora a fonte exata siga desconhecida.

Hipóteses continuam abertas

A explicação mais plausível permanece ligada a nuvens de hidrogênio atômico neutro (HI), capazes de gerar sinais estreitos semelhantes. No entanto, nenhuma emissão conhecida dessas nuvens atingiu níveis de potência comparáveis. A ausência de forte atividade solar na data do registro descarta um evento do Sol, e o padrão gaussiano do traço reforça a natureza astronômica, não eletrônica, da emissão.

Quase cinco décadas depois, o Wow! Signal — apelidado assim após o comentário “Wow!” do astrônomo Jerry Ehman na folha impressa — volta ao centro das atenções científicas. Enquanto não surge uma explicação consensual, o enigma continua a alimentar estudos na busca por vida fora da Terra.

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Crédito da imagem: Observatório de Rádio Big Ear e NAAPO

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