Seleção brasileira testa ataque com quatro avançados no Maracanã frente ao Chile
A seleção brasileira volta esta quinta-feira ao Maracanã para defrontar o Chile, a partir das 21h30, no penúltimo compromisso das Eliminatórias sul-americanas para o Mundial de 2026. Com a presença na fase final já assegurada, o encontro converte-se num laboratório para o técnico Carlo Ancelotti, que pretende consolidar um sistema ofensivo com quatro avançados.
Quarteto ofensivo mantém-se após triunfo sobre o Paraguai
Ancelotti confirmou na conferência de imprensa de quarta-feira que repetirá a estrutura usada na vitória por 1-0 diante do Paraguai, em São Paulo. Raphinha, Estêvão, João Pedro e Gabriel Martinelli formam o ataque, apoiado por Casemiro e Bruno Guimarães no meio-campo. O posicionamento de Estêvão continua em aberto: o jovem de 18 anos pode alinhar na ala esquerda, como fez no Chelsea e no antigo clube Palmeiras, ou recuar para zonas interiores, deixando Raphinha como extremo direito.
O treinador italiano, de 66 anos, explicou que procura “pressão alta e circulação rápida de bola”, sem descurar a solidez defensiva. Nos dois encontros disputados sob o seu comando, a equipa não sofreu qualquer golo. Para reforçar o setor recuado, Gabriel Magalhães assume um lugar no eixo ao lado de Marquinhos, enquanto Douglas Santos entra para a lateral esquerda.
Estreia de Ancelotti no “Templo do Futebol”
Será a primeira vez de Ancelotti no histórico estádio carioca. O técnico descreveu a oportunidade como “uma experiência para guardar para sempre” e manifestou a ambição de oferecer uma exibição convincente ao público. Segundo a Confederação Brasileira de Futebol, cerca de 45 mil bilhetes foram vendidos até à véspera da partida, indício de uma boa moldura humana num recinto com capacidade para mais de 78 mil espetadores. Antes do pontapé de saída, a cantora Ivete Sangalo sobe ao relvado para um espetáculo musical.
Contexto na classificação e situação do adversário
O Brasil ocupa o terceiro lugar na tabela das Eliminatórias, com 25 pontos, os mesmos do Equador mas com desvantagem no saldo de golos (8 contra 5). Já o Chile é lanterna-vermelha com apenas 10 pontos e está matematicamente afastado da qualificação. Apesar das diferenças, Ancelotti sublinhou que a equipa “não pode relaxar” e que vê no encontro uma oportunidade para ganhar confiança rumo à busca do sexto título mundial.
Onzes prováveis e detalhes do jogo
Brasil – Alisson; Wesley, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Douglas Santos; Casemiro, Bruno Guimarães; Raphinha, Estêvão, João Pedro, Gabriel Martinelli. Técnico: Carlo Ancelotti.
Chile – Lawrence Vigoroux; Fabián Hormazábal, Paulo Díaz, Guillermo Maripán, Gabriel Suazo; Felipe Loyola, Rodrigo Echeverría; Alexander Aravena, Luciano Cabral, Darío Osorio; Ben Brereton Díaz. Técnico: Nicolás Córdova.

Imagem: Internet
O venezuelano Alexis Herrera será o árbitro principal. A partida terá transmissão em sinal aberto na Globo e cobertura nos canais por assinatura SporTV, Ge TV e Globoplay.
Próximo passo nas Eliminatórias
Depois do duelo no Rio de Janeiro, a seleção viaja para El Alto, na Bolívia, onde encerra a campanha qualificativa a 9 de Setembro. A altitude de cerca de 4 000 metros representa o derradeiro teste dos brasileiros antes de concentrarem esforços na preparação específica para o Mundial.
Ancelotti reiterou que a prioridade nos dois jogos é “definir alternativas táticas” e avaliar jogadores menos rodados, mas frisou que resultados positivos continuam a ser essenciais para manter o ambiente competitivo. Com o Maracanã a servir de palco simbólico, o encontro desta noite ganha peso adicional, tanto pela estreia do técnico como pela expectativa de um público numeroso.
Caso o plano ofensivo funcione, o Brasil poderá chegar aos 28 pontos e pressionar Equador e Argentina na luta pelos lugares cimeiros. Para o Chile, resta o objetivo de terminar a campanha com dignidade e ensaiar a renovação da equipa com vista a projectos futuros.
Todas as atenções, porém, estão centradas no desempenho do novo quarteto atacante e na forma como Estêvão vai encaixar num sistema que procura aliar criatividade e intensidade. A resposta chega esta noite, num Maracanã que promete ficar marcado por mais um capítulo da longa história da seleção canarinha.







