Seguro cibernético cresce 880% em meio a ataques digitais

Seguro cibernético cresce 880% em meio a ataques digitais

Seguro cibernético cresce 880% em meio a ataques digitais confirma o avanço dessa apólice como ferramenta de contenção de perdas financeiras e de reputação diante da escalada dos crimes virtuais que atingem empresas brasileiras de todos os portes.

Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) mostram que a receita com a modalidade de Riscos Cibernéticos saltou de R$ 20,7 milhões em 2019 para R$ 203,3 milhões em 2023. Somente nos primeiros meses de 2024, o volume já superava R$ 240 milhões, reforçando a busca das organizações por proteção especializada.

Seguro cibernético cresce 880% em meio a ataques digitais

O movimento acompanha o aumento dos ataques. O Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, da Kaspersky, indica que o Brasil sofre cerca de 700 milhões de investidas cibernéticas ao ano, média de 1.379 por minuto. Um relatório da Netscout, citado pela revista Exame, coloca o país entre os maiores alvos globais de ataques DDoS, com 500 mil ocorrências.

Benefícios vão além da indenização

De acordo com Maria Eduarda Oliveira, especialista da Genebra Seguros, o seguro cyber cobre vazamento de dados, ransomware, phishing, malware e interrupções de negócios. “A apólice também inclui custos legais, suporte de crise e serviços de especialistas para restaurar sistemas e reputação”, detalha.

PMEs também entram na mira dos criminosos

Embora grandes corporações lidem com grandes volumes de informações, pequenas e médias empresas são vistas como alvos fáceis. “Qualquer companhia conectada à internet ou que trate dados sensíveis deve considerar a contratação”, alerta Oliveira.

LGPD, IA e regulação reforçam necessidade

Muitas apólices contemplam multas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas a cobertura varia conforme o contrato. Com o avanço da inteligência artificial, que automatiza ataques e dificulta a detecção, o seguro torna-se ainda mais relevante. A Superintendência de Seguros Privados (Susep) também reconheceu essa importância ao publicar, em 2025, relatório sobre segurança cibernética do setor, enquanto o Decreto 12.573 criou a Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber).

Contratação exige análise de risco

O processo inclui avaliação dos sistemas, políticas de backup e histórico de incidentes. Algumas seguradoras oferecem auditorias, treinamentos e consultoria preventiva, mas investir em tecnologias de defesa e capacitar equipes continua indispensável.

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Crédito da imagem: Imagem de Freepik / DINO

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