São Paulo estoura teto de gastos em R$ 78 mi no semestre

São Paulo estoura teto de gastos em R$ 78 mi no semestre

São Paulo estoura teto de gastos em R$ 78 milhões no futebol no primeiro semestre de 2025, de acordo com relatório de setembro da Outfield, gestora do FIDC que financia o clube. O valor excede os limites acertados com o fundo e obriga a direção a intensificar a venda de jogadores para fechar as contas.

O contrato previa gastos máximos de R$ 96,2 milhões no primeiro trimestre e de R$ 194,3 milhões no segundo. Os desembolsos, porém, alcançaram R$ 124,4 milhões e R$ 244,9 milhões, respectivamente, somando o estouro de R$ 78 milhões no período analisado.

São Paulo estoura teto de gastos em R$ 78 mi no semestre

Mesmo com dispensas e negociações no início da temporada, o clube acumulou déficit de R$ 34 milhões entre janeiro e junho. A dívida total, hoje em R$ 976 milhões, poderia ter sido maior sem as medidas de austeridade, segundo avaliação de uma comissão financeira que apoia a diretoria.

A Outfield ressalta que o São Paulo foi o integrante menos gastador em contratações entre os clubes que ficaram no G-6 do Brasileirão 2024. Não houve compra de atletas em 2025; chegaram apenas reforços sem custo de transferência, por empréstimo ou em acordos de perdão de dívidas, casos de Oscar, Cédric Soares e Rafael Tolói.

Para equilibrar o caixa, o Tricolor negociou cinco jovens da base: William Gomes, Matheus Alves, Lucas Ferreira, Henrique Carmo e Angelo. As transações renderam, até agora, R$ 208,34 milhões, dos quais R$ 107 milhões foram contabilizados no primeiro semestre — 2,4 vezes acima do orçamento. Comparativamente, o Palmeiras vendeu o zagueiro Vitor Reis por R$ 232 milhões ao Manchester City.

O relatório também aponta queda de 37% nas despesas com aquisição de atletas em relação ao mesmo período de 2024 e destaca ações como renegociação de contratos, fortalecimento da governança e corte de custos operacionais.

Entre dezembro de 2024 e maio de 2025, o endividamento bancário caiu 17%, passando de R$ 259,2 milhões para R$ 215,9 milhões, meta central do FIDC. A captação prevista pelo fundo é de R$ 240 milhões; até setembro, R$ 135 milhões foram liberados para quitar dívidas e despesas, com R$ 39 milhões já devolvidos a investidores, sinalizando, segundo a Outfield, “pleno funcionamento” do modelo.

Apesar de cláusula que limita novos débitos a R$ 10 milhões por trimestre, o clube precisou de aprovação do comitê de crédito para contrair empréstimo de R$ 50,6 milhões no banco Daycoval, a CDI + 6,75% ao ano, inferior ao custo médio de 2024 (CDI + 7,13%). Para mais detalhes, confira a cobertura do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo pressionado pelo teto de gastos, o São Paulo enxerga avanço após prejuízo de R$ 287 milhões em 2024. A diretoria aposta na receita do fundo e em novas vendas para estabilizar as finanças.

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Imagem: Reprodução

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