Rússia quer Donbass e Crimeia para encerrar guerra
Rússia quer Donbass e Crimeia para encerrar guerra
Rússia quer Donbass e Crimeia para encerrar guerra. O presidente Vladimir Putin apresentou aos Estados Unidos a proposta de pôr fim ao conflito na Ucrânia se Kiev ceder Donetsk, Lugansk e a península da Crimeia, segundo relataram fontes à Reuters e ao The New York Times.
Rússia quer Donbass e Crimeia para encerrar guerra
O plano, discutido com o ex-presidente norte-americano Donald Trump em reunião no Alasca em 15 de março, visa formalizar o controle russo sobre áreas que Moscou ocupa há quase uma década. Donetsk e Lugansk compõem o Donbass, região industrial no leste da Ucrânia onde se concentram falantes de russo e que, desde 2014, é foco de movimentos separatistas apoiados pelo Kremlin.
Dados da organização ucraniana DeepState indicam que as forças de Putin dominam 87% dos 60 mil km² do Donbass; os 6.200 km² restantes são alvo da atual ofensiva. De acordo com analistas, garantir a posse definitiva do Donbass consolidaria a narrativa de “proteção aos russófonos” adotada por Moscou desde o reconhecimento de Donetsk e Lugansk como “repúblicas independentes”, três dias antes da invasão em grande escala, em fevereiro de 2022.
A proposta inclui ainda a Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. A península de 27 mil km², comparável em tamanho à Bélgica, abriga a base naval de Sebastopol, sede da Frota do Mar Negro. Sua localização estratégica no Mar Negro e o histórico de soberanias alternadas fazem da Crimeia peça-chave da defesa russa desde a Guerra da Crimeia, no século XIX.
Segundo fontes próximas às tratativas, Moscou sinalizou disposição de abandonar outras áreas ocupadas se a Ucrânia e seus aliados aceitarem o acordo territorial. Até o momento, Kiev rechaça qualquer cessão, argumentando que a integridade territorial é inegociável e que a anexação da Crimeia viola o direito internacional.

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Em análise da Reuters, especialistas alertam que reconhecer o controle russo sobre essas regiões poderia criar precedente perigoso para conflitos futuros e desestabilizar a ordem de segurança europeia.
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Crédito da imagem: Reprodução/@mihrthakar/Twitter