Robô de gestação chinês promete gerar bebês até 2026
Robô de gestação chinês promete gerar bebês até 2026
Robô de gestação chinês promete gerar bebês até 2026 inaugura uma nova fronteira na reprodução assistida ao servir como útero artificial capaz de conduzir toda a gravidez, da concepção ao parto, segundo a startup Kaiwa Technology.
Entenda o funcionamento do útero artificial
A empresa, apresentada na Conferência Mundial de Robótica em Pequim, descreve o equipamento como um robô humanoide que abriga o embrião, recebe óvulo e espermatozoide humanos e, a partir daí, controla todo o processo. O feto ficaria submerso em líquido amniótico sintético, recebendo nutrientes por um tubo que substitui o cordão umbilical. A proposta supera experiências anteriores, como a biobolsa que manteve um cordeiro prematuro vivo por quatro semanas em 2017, pois elimina a necessidade de incubadora externa.
Cronograma e desafios até o lançamento
O projeto está em estágio considerado avançado e tem estreia comercial prevista para 2026. Antes, serão necessários ensaios clínicos, validações de segurança e autorizações regulatórias. A Kaiwa prevê preço inferior a 100 mil yuans (cerca de R$ 73 mil), valor que tornaria a tecnologia mais acessível do que outras soluções de alta complexidade médica.
Debates éticos movimentam a comunidade científica
A promessa de um útero totalmente robótico desperta reações opostas. Parte dos especialistas vê o sistema como alternativa para casais com infertilidade ou para gestações de risco. Outros questionam a perda do vínculo materno, o impacto psicológico na criança e possíveis conflitos com crenças religiosas. A China, principal mercado-alvo, já sinalizou que abrirá consultas públicas sobre o tema nos próximos meses.
O assunto ganhou repercussão internacional após reportagem do portal Interesting Engineering, que destacou o potencial de transformar o conceito tradicional de gestação e a urgência de regulamentação global.
Imagem: Prostock-studio
Enquanto o debate avança, a Kaiwa Technology ajusta protótipos e protocolos, apostando que a convergência entre biotecnologia e robótica poderá redefinir a reprodução humana.
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Crédito da imagem: Prostock-studio/Shutterstock
