Reunião na Casa Branca sobre Gaza inclui Tony Blair
Reunião na Casa Branca sobre Gaza inclui Tony Blair
Reunião na Casa Branca sobre Gaza será conduzida hoje pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para definir um plano de administração e auxílio ao território palestino após o fim da guerra, confirmou a BBC.
Reunião na Casa Branca sobre Gaza inclui Tony Blair
De acordo com o portal Axios, o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair participará do encontro, que também terá a presença de Jared Kushner, genro e ex-conselheiro sênior de Trump. O enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, antecipou à Fox News que o governo americano elabora um “plano muito abrangente” para o “dia seguinte” ao conflito.
Witkoff estimou que a guerra em Gaza pode terminar em até quatro meses e prometeu que a proposta da Casa Branca refletirá “motivos humanitários” do presidente. Embora a Casa Branca não tenha detalhado a agenda, o secretário de Estado, Marci Rubio, encontrará hoje o chanceler israelense, Gideon Saar, em Washington.
O debate ocorre enquanto o Exército israelense intensifica operações na Cidade de Gaza. Tanques avançaram na noite de terça-feira pelo distrito de Ibad al-Rahman, destruindo casas e forçando novos deslocamentos, segundo residentes ouvidos pela Reuters. Militares israelenses alegam ter combatido células armadas e localizado depósitos de armas nos arredores da cidade, onde cerca de um milhão de pessoas permanecem.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Avichay Adraee, disse na rede X que “evacuar a Cidade de Gaza é inevitável” e orientou civis a se dirigir ao sul do enclave, prometendo “ajuda humanitária generosa” no local. Na semana passada, a ONU e organizações não governamentais alertaram que a remoção em massa poderia configurar transferência forçada e agravar a crise, já classificada como fome pela comunidade internacional.
Segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas, quase 62,9 mil pessoas morreram em Gaza desde 7 de outubro de 2023. Estimativas apontam que mais de 90% das residências foram danificadas, sistemas de saúde e saneamento entraram em colapso e a maior parte da população foi deslocada repetidamente.
Enquanto isso, a pressão interna sobre o governo israelense cresce. Na noite de terça, dezenas de milhares de manifestantes lotaram Tel Aviv exigindo um acordo que traga de volta os cerca de 50 reféns ainda em poder do Hamas, dos quais apenas 20 estariam vivos.
Imagem: Internet
Fontes diplomáticas ouvidas pela Reuters afirmam que Israel rejeitou a proposta mais recente de mediadores regionais para uma trégua de 60 dias e libertação parcial dos sequestrados, insistindo em um acordo total que encerre a guerra em seus termos.
O desfecho do encontro em Washington deverá indicar se os Estados Unidos conseguirão articular um consenso internacional para a reconstrução de Gaza e, simultaneamente, pressionar Israel a conter sua ofensiva.
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Crédito da imagem: Getty Images
