Ray Dalio recomenda até 15% em ouro contra crise monetária
Ray Dalio recomenda até 15% em ouro contra crise monetária
Ray Dalio recomenda até 15% em ouro contra crise monetária. O fundador da Bridgewater Associates alertou, em podcast chinês, que o endividamento recorde dos governos ameaça o poder de compra das moedas fiduciárias e torna o metal precioso peça central na proteção do patrimônio.
Metal ganha destaque em cenário de dívidas e tensões geopolíticas
Dalio explicou que dinheiro e dívida são “duas faces da mesma moeda” e que a emissão excessiva inevitavelmente corrói o valor das divisas. Nesse quadro, ativos reais, como ouro ou títulos indexados à inflação, ganham relevância. “A longo prazo, o dinheiro é um investimento muito ruim”, afirmou o bilionário de 76 anos.
No programa “Prenúncio”, disponível na plataforma Xiaoyuzhou FM, o investidor revelou que costuma presentear filhos e netos com moedas de ouro, orientando-os a preservá-las para momentos de possível “quebra do sistema monetário”. Para uma carteira balanceada, ele recomenda alocar de 5% a 15% em ouro.
Diversificação ao estilo All Weather Portfolio
Estratégias de diversificação com ativos descorrelacionados sustentaram o desempenho da gestora Bridgewater, que administra cerca de US$ 92,1 bilhões. Dalio recordou a lógica da Teoria Moderna dos Portfólios: combinar 10 a 15 ativos pouco correlacionados pode reduzir o risco entre 60% e 80% sem sacrificar retorno.
Embora admita ter comprado bitcoin como proteção contra inflação, o gestor vê desvantagens na criptomoeda. “Não acredito que bancos centrais comprarão bitcoin; eles terão ouro, a segunda maior moeda de reserva”, disse, destacando que o metal não depende de promessa de pagamento.
Para ilustrar a dificuldade de acertar o market timing, Dalio comparou o mercado a um jogo de pôquer em que poucos vencem. Mesmo destinando cerca de US$ 1 bilhão por ano a operações táticas, reconheceu que muitos gestores registram desempenho fraco quando o mercado oscila.

Imagem: Internet
Segundo especialistas, a visão de Dalio reforça movimentos recentes de bancos centrais que ampliaram reservas de ouro, tendência acompanhada de perto por entidades como o Bloomberg.
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Crédito da imagem: NeoFeed