Ram 1500 REV híbrida substitui plano de picape elétrica pura
Ram 1500 REV é o novo foco da Stellantis após a montadora cancelar o lançamento da versão totalmente elétrica da picape, anunciada em 2023. A mudança atende à queda na procura por caminhonetes elétricas nos Estados Unidos e no Canadá, mercados considerados vitais para o grupo.
Em vez de um modelo movido apenas a bateria, a empresa adotará um sistema de alcance estendido (REEV), que combina bateria com gerador a gasolina. A solução promete até 1.100 km de autonomia, mantendo capacidade de reboque e carga similar à de modelos a combustão.
Ram 1500 REV híbrida substitui plano de picape elétrica pura
Construída sobre a plataforma STLA Frame, a Ram 1500 REV aceitará diferentes configurações de motorização, garantindo flexibilidade para futuras evoluções, inclusive hidrogênio. Segundo a Stellantis, o objetivo é oferecer a experiência de dirigir um elétrico sem a “ansiedade de autonomia” que ainda afasta compradores de veículos de grande porte.
A guinada na estratégia coloca a marca em linha com o movimento de outras montadoras. A Ford reduziu a produção da F-150 Lightning após vendas abaixo do previsto, enquanto a Tesla ainda enfrenta desafios para transformar a expectativa em volumes consistentes da Cybertruck. Estimativas da Agência Internacional de Energia mostram que, embora as vendas globais de carros elétricos tenham ultrapassado 12 milhões de unidades até 2025, picapes permanecem um nicho difícil pela necessidade de baterias maiores e mais caras.
Para superar essa barreira, o sistema híbrido de alcance estendido da Ram 1500 REV pretende reduzir custos e ampliar o uso em aplicações profissionais, nas quais autonomia e capacidade de carga são cruciais. A produção está programada para 2026 e ainda não há preço divulgado.
No comunicado que oficializou o cancelamento da versão 100% elétrica, a Stellantis reafirmou compromisso com a eletrificação. A linha Ram continuará a oferecer opções variando da compacta Ram 700 às vans ProMaster, agora reforçadas por um modelo híbrido que pode funcionar como ponte até que as baterias evoluam em capacidade e preço.
Imagem: Divulgação
O desafio para a montadora será equilibrar o portfólio eletrificado com metas de custo e volume, num mercado de picapes cada vez mais competitivo e sensível a oscilações de demanda.
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Crédito da imagem: Divulgação/Stellantis
