Quase-lua da Terra: asteroide 2025 PN7 pode ser satélite

Quase-lua da Terra: asteroide 2025 PN7 pode ser satélite

Quase-lua da Terra 2025 PN7 pode estar acompanhando o planeta há seis décadas, segundo artigo preliminar publicado na revista Research Notes of the American Astronomical Society.

Assinado pelos astrônomos espanhóis Carlos e Raúl de la Fuente Marcos, da Universidad Complutense de Madrid, o estudo indica que o pequeno asteroide — de apenas 19 metros de diâmetro — segue uma trajetória tão semelhante à da Terra em torno do Sol que, do nosso ponto de vista, parece descrevê-la como satélite temporário.

Quase-lua da Terra: asteroide 2025 PN7 pode ser satélite

Objetos classificados como quase-luas orbitam o Sol, mas entram em ressonância com a Terra, criando a ilusão de que giram em torno do planeta. Caso 2025 PN7 seja confirmado nessa categoria, tornar-se-á o sétimo integrante do seleto grupo de satélites provisórios conhecido, juntando-se a exemplos como o asteroide 2024 PT5 — que permaneceu capturado por 53 dias no ano passado e deverá retornar em 2055.

Como 2025 PN7 foi detectado

As primeiras imagens recentes do objeto foram registradas pelo telescópio Pan-STARRS1, no Havaí, entre 30 de julho e 29 de agosto. Em 30 de agosto, o astrônomo amador francês Adrien Coffinet calculou que o corpo celeste mantém comportamento de quase-lua desde 1964 e deverá permanecer na vizinhança da Terra até meados da próxima década.

Com magnitude 26, 2025 PN7 é muito tênue, exigindo instrumentos avançados para ser observado. “Ele é pequeno, escuro e possui janelas de visibilidade desfavoráveis, por isso passou despercebido por tanto tempo”, explicou Carlos de la Fuente Marcos ao site Live Science.

Por que a descoberta importa

Quase-luas oferecem oportunidade única de estudo, pois trafegam relativamente perto da Terra sem entrar em órbita permanente. Conhecer sua composição pode revelar detalhes sobre a formação do Sistema Solar e ajudar no desenvolvimento de estratégias de defesa planetária. O recém-inaugurado Observatório Vera C. Rubin, no Chile, deverá ampliar esse catálogo nas próximas temporadas de observação.

A velocidade de 2025 PN7 sugere origem no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, diferindo de corpos como Kamooalewa, possivelmente ejetado da própria Lua. A diversidade de trajetórias reforça a necessidade de monitoramento constante, prática defendida pela NASA e outras agências espaciais.

Em suma, a confirmação de 2025 PN7 como quase-lua acrescentará uma peça importante ao quebra-cabeça orbital que circunda a Terra, indicando que outros intrusos similares ainda podem estar à espreita.

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Crédito da imagem: NASA

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