Protestos em Israel pedem acordo de reféns e fim da guerra
Protestos em Israel pedem acordo de reféns e fim da guerra
Protestos em Israel pedem acordo de reféns e fim da guerra reuniram centenas de milhares de manifestantes neste domingo (7) na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, exigindo que o governo firme um pacto com o Hamas para libertar cerca de 20 israelenses ainda detidos e encerre a campanha militar em Gaza.
Protestos em Israel pedem acordo de reféns e fim da guerra
A mobilização, convocada por familiares dos sequestrados e por grupos contrários à expansão do conflito, provocou uma greve nacional de um dia que fechou estradas, escritórios e universidades em diversas regiões. A polícia prendeu quase 40 pessoas durante os atos.
Organizadores criticam a decisão do gabinete de guerra israelense, tomada na semana passada, de ocupar Gaza City. Segundo eles, a operação ameaça a segurança dos reféns remanescentes. Einav Zangauker, mãe do cativo Matan, declarou que o governo “transformou uma guerra justa em uma guerra sem propósito” e cobrou “um acordo abrangente e o fim das hostilidades”.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu repudiou os protestos, alegando que eles “endurecem a postura do Hamas” e atrasam a libertação dos sequestrados. O ministro ultradireitista Bezalel Smotrich também criticou a manifestação, chamando-a de “campanha que serve aos interesses do inimigo”.
Enquanto isso, o Exército anunciou que permitirá novamente a entrada de tendas e equipamentos de abrigo em Gaza, parte do plano de transferir civis para o sul da Faixa. A Organização das Nações Unidas calcula que 1,9 milhão de palestinos – 90% da população local – já foram deslocados, enfrentando níveis críticos de desnutrição.
No sábado (6), a Defesa Civil de Gaza informou a morte de ao menos 40 pessoas em bombardeios israelenses. O Hamas afirmou que as forças de Israel mantêm ofensiva “contínua” em bairros orientais e meridionais de Gaza City, sobretudo em Zeitoun.

Imagem: Internet
O conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando o ataque do Hamas deixou cerca de 1.200 israelenses mortos e 251 pessoas sequestradas. Desde então, mais de 61 mil palestinos já morreram, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, números considerados confiáveis pela ONU. O Conselho de Segurança da organização condenou a recente intenção israelense de deslocar a população da cidade.
Detalhes sobre o avanço das negociações e a pressão internacional podem ser acompanhados na cobertura da BBC, veículo de alta autoridade que monitora o conflito.
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Crédito da imagem: Getty Images