Pré-hipertensão: pressão 12 por 8 entra em faixa de risco

Pré-hipertensão: pressão 12 por 8 entra em faixa de risco

Pré-hipertensão: pressão 12 por 8 entra em faixa de risco — A nova diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) reduz o limite considerado saudável da pressão arterial no Brasil e enquadra a clássica “12 por 8” como sinal de alerta.

Divulgado nesta quinta-feira (19), durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, o documento estabelece que a pressão sistólica deve ficar abaixo de 120 mmHg e a diastólica abaixo de 80 mmHg para evitar o rótulo de pré-hipertensão. A mudança aproxima o país dos parâmetros internacionais e busca incentivar medidas preventivas.

Pré-hipertensão: pressão 12 por 8 entra em faixa de risco

Segundo a coordenadora da diretriz, cardiologista Andréa Brandão, a intenção não é provocar pânico, mas ampliar a prevenção. “Queremos que quem apresenta 12 de pressão adote hábitos saudáveis para evitar a progressão para hipertensão”, afirma.

A classificação de hipertensão, por sua vez, permanece para valores iguais ou superiores a 14 por 9. O novo alvo terapêutico para quem já convive com a doença passa a ser 13 por 8, patamar que estudos recentes associam a maior redução de risco cardiovascular.

A SBC recomenda aferir a pressão arterial anualmente a partir dos três anos de idade, com frequência maior em pessoas com doenças congênitas ou fatores de risco. Indivíduos acima de 65 anos, mulheres após a menopausa e homens a partir de 55 anos merecem atenção redobrada, devendo medir a pressão ao menos duas vezes ao ano caso não apresentem sintomas.

Para prevenir a pré-hipertensão, a diretoria da entidade reforça orientações clássicas: não fumar, limitar o consumo de álcool, reduzir o sal, controlar o peso, manter dieta equilibrada e praticar exercícios físicos. A Organização Mundial da Saúde recomenda entre 150 e 300 minutos semanais de atividade moderada ou 75 a 150 minutos de atividade vigorosa, além de fortalecimento muscular em dois dias da semana (OMS).

Dados apresentados no congresso indicam que cerca de 32% da população adulta brasileira é hipertensa, percentual que tende a aumentar com o envelhecimento. “São milhões de pessoas que precisarão de tratamento contínuo se não agirmos antes”, alerta Brandão.

No quadro atual, a palavra-chave é prevenção. Medir a pressão regularmente, mesmo sem sintomas, torna-se fundamental para detectar precocemente a pré-hipertensão e adotar mudanças de estilo de vida capazes de evitar complicações como infarto e AVC.

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Crédito da imagem: Folhapress

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