Política externa da Índia testada por EUA, China e Rússia

Política externa da Índia testada por EUA, China e Rússia

Política externa da Índia testada por EUA, China e Rússia

Política externa da Índia é colocada diante de um novo teste ao conciliar críticas tarifárias dos Estados Unidos, sinais de reaproximação com a China e a dependência de petróleo barato vindo da Rússia.

Equilíbrio delicado entre Washington e Pequim

Nova Délhi integra simultaneamente o Quad, liderado pelos EUA, e a Organização de Cooperação de Xangai, dominada por China e Rússia. O ex-presidente Donald Trump aumentou tarifas sobre produtos indianos e acusou o país de “financiar” Moscou com compras de petróleo com desconto. Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro Narendra Modi planeja encontrar Xi Jinping em Pequim no domingo, buscando distensão após o choque mortal em Galwan, em 2020.

O papel do petróleo russo

A energia segue no centro da estratégia. Descontos agressivos mantêm o petróleo russo como pilar da segurança energética indiana, mesmo sob sanções ocidentais. O chanceler Subrahmanyam Jaishankar viajou recentemente a Moscou para reforçar o fornecimento e sinalizar autonomia diplomática.

Capacidade econômica e militar limitada

Com PIB de US$ 4 tri, a Índia ainda está longe dos US$ 18 tri da China e dos US$ 30 tri dos EUA. A dependência de importações militares amplia a cautela: alinhar-se totalmente a uma potência significaria perder margem de manobra, argumentam analistas.

Debate interno sobre alianças

Para especialistas do BBC, a “ambiguidade estratégica” permite barganhar com blocos rivais. Ashley Tellis, do Carnegie Endowment, defende parceria privilegiada com Washington para conter Pequim. Já a ex-embaixadora Nirupama Rao avalia que um “titã em crisálida” precisa de flexibilidade até consolidar poder econômico e militar.

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Imagem: Internet

Perspectivas

Enquanto Xi classifica os EUA de “valentões” por sobretaxar produtos indianos, Pequim convida Nova Délhi a “ver o vizinho como parceiro, não ameaça”. Analistas afirmam, porém, que a rivalidade sino-indiana tende a persistir, cabendo à Índia “comprar tempo” com diálogo. Diante da crítica de Trump e do risco de maior aproximação Moscou-Pequim, Modi aposta em paciência estratégica para que as tensões passem e oportunidades voltem.

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Crédito da imagem: Getty Images

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