PF pede agentes 24h na casa de Bolsonaro, cita caso Lalau

PF pede agentes 24h na casa de Bolsonaro, cita caso Lalau

PF pede agentes 24h na casa de Bolsonaro, cita caso Lalau

PF pede agentes na casa de Bolsonaro em regime de 24 horas e argumenta que a tornozeleira eletrônica não garante impedir eventual fuga do ex-presidente, hoje em prisão domiciliar.

PF pede agentes 24h na casa de Bolsonaro, cita caso Lalau

Em ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, solicitou a permanência contínua de agentes federais na residência de Jair Bolsonaro (PL). O documento indica que o monitoramento eletrônico atual, por tornozeleira, depende de sinal de telefonia e pode sofrer falhas ou interferências, o que abriria uma janela de tempo suficiente para fuga.

Rodrigues citou como precedente o caso do juiz Nicolau dos Santos Neto, o “Lalau”, condenado por desviar quase R$ 170 milhões na construção do Fórum Trabalhista de São Paulo. Na ocasião, uma equipe da PF manteve vigilância interna 24 h por dia na casa do magistrado, medida que, segundo o diretor-geral, mostrou-se mais eficaz do que a mera fiscalização externa.

O ofício também aponta que vigiar veículos e vizinhos no condomínio de Bolsonaro seria operacionalmente complexo e socialmente constrangedor, reforçando a necessidade de presença dentro do imóvel. Após receber o pedido, Moraes encaminhou o tema à Procuradoria-Geral da República (PGR) para parecer.

A manifestação da PF foi protocolada poucas horas depois de Moraes determinar que a Polícia Penal do Distrito Federal acompanhasse em tempo real o endereço do ex-chefe do Executivo. Para a PF, mesmo com equipes de prontidão, a tornozeleira só seria eficaz partindo da premissa de que o custodiado não deseja fugir, cenário considerado incerto.

A corporação informou ainda que iniciou tratativas com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) para integrar a Polícia Penal Federal ao eventual reforço de segurança. O debate ganhou força após o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) relatar possível plano de fuga, o que motivou a decisão de Moraes de 4 de agosto que colocou Bolsonaro em prisão domiciliar.

O ministro do STF também mencionou a proximidade do julgamento da ação penal 2.668/DF, marcado para 2 a 12 de setembro de 2025, e as “ações incessantes” do deputado Eduardo Bolsonaro no exterior, fatores que, segundo Moraes, elevam o risco de evasão. Na semana passada, pai e filho foram indiciados pela PF por coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Para especialistas, medidas de vigilância reforçada, como as defendidas pela PF, são justificadas em casos de alta repercussão. O próprio STF, em decisões anteriores, já reconheceu a fragilidade de sistemas eletrônicos de monitoramento (Supremo Tribunal Federal).

Em resumo, a Polícia Federal sustenta que apenas a presença física de agentes dentro da residência pode impedir uma fuga e solicita que Moraes autorize a prática, à semelhança do caso Lalau.

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Crédito da imagem: Divulgação

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