Mosca-da-bicheira: EUA confirmam primeiro caso humano
Mosca-da-bicheira: EUA confirmam primeiro caso humano
Mosca-da-bicheira: EUA confirmam primeiro caso humano após diagnóstico realizado pelo Departamento de Saúde de Maryland e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O paciente, que havia retornado recentemente de El Salvador, tornou-se o primeiro registro da doença parasitária em humanos no território norte-americano.
Mosca-da-bicheira: EUA confirmam primeiro caso humano
A infestação é provocada pela larva da Cochliomyia hominivorax, mosca fêmea que deposita ovos em feridas abertas. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, cada postura pode chegar a 343 ovos, que eclodem entre 12 e 24 horas. As larvas penetram o tecido vivo e alimentam-se da carne do hospedeiro, causando lesões profundas que, sem tratamento, podem ser fatais.
O Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal do Departamento de Agricultura dos EUA lembra que o parasita é endêmico em Cuba, Haiti, República Dominicana e vários países da América do Sul e Central. Em 2023, mais de 6,5 mil casos foram relatados no Panamá, com notificações subsequentes na Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala, Belize, El Salvador e México.
De acordo com o CDC, os principais sintomas incluem feridas que não cicatrizam, sangramento persistente, sensação de movimento sob a pele e odor intenso no local. O diagnóstico combina avaliação clínica, presença das larvas e histórico recente de viagem a áreas endêmicas. Em nota oficial do CDC, profissionais de saúde foram orientados a considerar a doença em pacientes com lesões atípicas após retorno da América Latina.
O tratamento envolve remoção cuidadosa das larvas, procedimento que pode exigir intervenção cirúrgica. O órgão de saúde norte-americano alerta que tentativas de extração sem supervisão médica podem agravar os danos teciduais. Medidas preventivas incluem uso de repelentes, higienização adequada, proteção de feridas com curativos impermeáveis e instalação de telas mosquiteiras em regiões de risco.

Imagem: Shutterstock
Especialistas reforçam que a rápida notificação de infestações é essencial para impedir a disseminação do inseto em território onde ele não é endêmico. Até o momento, não há indícios de transmissão local nos Estados Unidos.
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Crédito da imagem: Aleksandr Grechanyuk/Shutterstock