Morte de Luis Fernando Verissimo gera comoção nacional
Morte de Luis Fernando Verissimo gera comoção nacional
Morte de Luis Fernando Verissimo gera comoção nacional aos 88 anos, após complicações de pneumonia, mobilizando figuras da cultura, da política e instituições que exaltam o legado do cronista gaúcho.
Morte de Luis Fernando Verissimo gera comoção nacional
A Editora Objetiva, responsável por publicar a maior parte de sua obra, definiu o escritor como “um dos autores mais queridos do Brasil”, lembrando a estreia corajosa no jornalismo durante a ditadura militar e o humor que imortalizou personagens como a Velhinha de Taubaté, Ed Mort e o Analista de Bagé.
Entre os colegas de ofício, o também cronista Fabrício Carpinejar afirmou que a partida de Verissimo deixa “um vazio insubstituível”, destacando a habilidade de construir narrativas sempre na terceira pessoa. O editor e escritor Rodrigo Lacerda acrescentou que o humor refinado do autor conquistou leitores de todas as idades, influenciando gerações de cronistas.
O historiador Leandro Karnal comparou o caminho literário de Verissimo ao do pai, Érico Veríssimo, ao comentar que, se o patriarca levou o Rio Grande do Sul ao mundo, Luis Fernando trouxe o cotidiano brasileiro para dentro das famílias. Já a Academia Brasileira de Letras, em nota oficial, recordou os mais de 60 livros publicados, incluindo sucessos como “Comédias da Vida Privada” e “As Mentiras que os Homens Contam”, e enfatizou a paixão do autor pelo jazz.
As redes sociais também foram palco de homenagens. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou Verissimo como um dos maiores nomes da literatura e do jornalismo, citando a tira “As Cobras” como exemplo de como o autor usava a ironia para denunciar a ditadura. Senadores de diferentes legendas, como Paulo Paim (PT-RS) e Sergio Moro (União-PR), manifestaram pesar, enquanto o ministro do STF Gilmar Mendes relembrou a crítica social presente em suas crônicas.
No meio artístico, cartunistas como Laerte e Angeli destacaram a amizade com o escritor. Angeli chegou a usar a icônica personagem Rê Bordosa para prestar sua homenagem. O dramaturgo Walcyr Carrasco ressaltou que Verissimo transformou a “simplicidade em genialidade” ao abordar temas do dia a dia sem perder profundidade.

Imagem: Internet
Com carreira que atravessou mais de cinco décadas, Luis Fernando Verissimo consolidou-se como cronista, romancista e cartunista, mesclando humor, crítica política e observação social de forma inconfundível, registram veículos de referência como o Estadão.
Para continuar acompanhando os desdobramentos sobre literatura e personalidades brasileiras, visite a seção de Notícias Gerais e leia outras análises exclusivas.
Crédito da imagem: Estadão