Mina terrestre: entenda como funciona e por que ainda é usada

Mina terrestre: entenda como funciona e por que ainda é usada

Mina terrestre: entenda como funciona e por que ainda é usada — arma pequena e silenciosa, a mina terrestre permanece letal mesmo décadas depois de conflitos, ferindo civis e militares sem distinção. O dispositivo explodirá ao menor contato, graças a sensores de pressão, fios de tropeço ou gatilhos magnéticos, deixando um rastro de mutilações que desafia tratados internacionais.

Esses explosivos custam entre US$ 3 e US$ 30, mas geram custos humanos incalculáveis. Segundo a Organização das Nações Unidas, mais de 60 países continuam contaminados, entre eles Angola, Afeganistão e Ucrânia. Estima-se que ao menos 5.000 pessoas morram todos os anos por detonações acidentais.

Mina terrestre: entenda como funciona e por que ainda é usada

O mecanismo básico não mudou desde a Segunda Guerra Mundial. Cada mina reúne três componentes: sensor ou gatilho, detonador e carga explosiva — normalmente TNT ou RDX. Quando o sensor é ativado, o detonador aciona instantaneamente a carga principal, causando danos imediatos a pessoas ou veículos.

Principais tipos de mina terrestre

Mina antipessoal — menor e fácil de ocultar, visa incapacitar ou matar seres humanos. Pode saltar até meio metro antes de explodir, lançando estilhaços em todas as direções.

Mina antitanque — maior e mais pesada, exige pressão de cerca de 100 kg para disparar. O objetivo é destruir blindados; muitas contam com sensores magnéticos ou retardos para confirmar o alvo.

Métodos de instalação e dificuldade de remoção

As minas podem ser colocadas manualmente ou lançadas por veículos, aviões e mísseis. Instalações deliberadas normalmente são mapeadas para eventual remoção, mas a prática mais comum em combates intensos é o espalhamento aleatório, que dificulta a localização posterior e cria zonas mortais por gerações.

Detecção e desarme – um trabalho de décadas

A detecção de modelos antigos, feitos de metal, recorria a detectores convencionais. Hoje, a proliferação de carcaças plásticas exige tecnologias como radar de penetração no solo, drones com sensores térmicos, cães farejadores e até microrganismos que mudam de cor ao identificar explosivos. Mesmo assim, limpar um campo pode levar anos, e em alguns casos, décadas.

Por que ainda se usam minas terrestres?

O principal motivo é o baixo custo aliado à alta eficácia na contenção de inimigos. Embora mais de 160 países tenham assinado o Tratado de Ottawa, proibindo minas antipessoais, grandes potências como Estados Unidos, Rússia e China não aderiram plenamente. Relatórios da ONU indicam que milhares de novos artefatos continuam sendo plantados em conflitos recentes.

Enquanto perdurarem, as minas terrestres seguirão impondo custos humanos e econômicos muito superiores ao seu preço de produção.

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Crédito da imagem: Danilo Oliveira/ImageFX

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