Máquinas de costura ganham força entre jovens empreendedores
Máquinas de costura ganham força entre jovens empreendedores e mudam o perfil do mercado brasileiro. Levantamento da Singer com 1.223 consumidores mostra que a Geração Z (18 a 29 anos) já representa 52 % dos usuários, ante 43 % em 2023, impulsionada por personalização, consumo consciente e movimento Do It Yourself.
A pesquisa indica que costurar deixou de ser hábito doméstico exclusivo. Hoje, seis em cada dez compradores transformam o equipamento em fonte de renda com consertos, customizações e marcas próprias, enquanto 58 % mantêm o uso afetivo ou pessoal.
Máquinas de costura ganham força entre jovens empreendedores
A adesão dos jovens não exclui outras faixas etárias. Os Millennials (30 a 39 anos) passaram de 61 % para 65 %; a Geração X (40 a 49) manteve 62 %; e os Baby Boomers (50+) saltaram de 67 % para 73 %, revelando fidelidade ao hobby e à renda complementar.
Rede social acelera a profissionalização
Vídeos curtos no TikTok e tutoriais no Instagram transformaram a costura em vitrine de negócios. O designer de moda baiano Jonatas Verly confirma a tendência: “Comecei aos 20 anos para vestir-me com originalidade e hoje a atividade responde por 100 % da minha renda”. A paulista Amanda Ansaldo, ex-jornalista, também migrou de profissão após a maternidade e reúne milhões de seguidores vendendo bolsas e itens criativos.
Equipamento chega a um terço dos lares
Segundo o estudo, cerca de 23 milhões de residências ‒ um em cada três lares brasileiros ‒ possuem máquina de costura. A maior concentração está em São Paulo (22 %). A intenção de compra segue elevada: 79 % dos entrevistados planejam adquirir o equipamento, sobretudo no Sudeste, Nordeste e Sul.
Democratização e impacto econômico
A classe B lidera com 40 % de participação, mas o avanço da classe C (31 %) aponta para acesso mais amplo. Para Concheta Feliciano, diretora de Marketing & E-commerce Latam da SVP Worldwide, “os jovens trazem olhar empreendedor, criam marcas próprias e movimentam a economia digital”. A multinacional detém 70 % do mercado nacional e mantém mais de 300 pontos de atendimento, além da única fábrica de agulhas do Ocidente, em Indaiatuba (SP).

Imagem: Internet
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçam o potencial do setor ao indicar crescimento da economia criativa pós-pandemia, cenário que favorece a expansão da costura profissional.
Combinando tradição, sustentabilidade e oportunidade de negócio, as máquinas de costura consolidam-se como ferramenta de expressão e renda para diferentes gerações no Brasil.
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