Lula aponta Tarcísio como adversário em 2026 e cobra Centrão

Lula aponta Tarcísio como adversário em 2026 e cobra Centrão

Lula aponta Tarcísio como adversário em 2026 e cobra Centrão

Lula aponta Tarcísio como adversário em 2026 e cobra Centrão durante reunião ministerial fechada nesta terça-feira (26), no Palácio do Planalto, marcando a primeira vez em que o presidente admite publicamente que o governador de São Paulo deverá enfrentá-lo nas urnas.

Lula aponta Tarcísio como adversário em 2026 e cobra Centrão

De acordo com relatos de participantes, Lula afirmou que, sem o ex-presidente Jair Bolsonaro na disputa, Tarcísio de Freitas surge como aposta natural do campo bolsonarista para 2026. A fala contrasta com avaliações anteriores do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, que via pouca lógica em o governador deixar uma reeleição considerada tranquila no estado.

Na mesma reunião, o petista elogiou Alckmin e sinalizou que o ex-governador paulista deverá permanecer como seu companheiro de chapa. Ambos vestiram bonés azuis com o slogan “O Brasil é dos brasileiros” ao criticarem o tarifaço dos Estados Unidos, medida associada ao ex-presidente americano Donald Trump.

Lula dedicou parte do encontro a cobrar lealdade de ministros ligados ao Centrão. O presidente se disse indignado com o discurso do dirigente do União Brasil, Antonio Rueda, que atacou o Planalto na cerimônia de criação da federação União Brasil-PP. Segundo Lula, nenhum ministro presente se levantou em sua defesa. Ele citou ainda o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que, na sua visão, trabalha para ser vice de Tarcísio.

O chefe do Executivo foi categórico: quem não se sentir confortável deve deixar a Esplanada, mantendo, porém, relação amistosa caso opte por neutralidade no primeiro turno. A expectativa de Lula é contar com todos no eventual segundo turno.

Fora do Planalto, a relação entre Lula e Tarcísio já vinha azedando. Em evento do BTG Pactual, o governador criticou o “debate de 40 anos em torno da mesma pessoa”, numa referência velada ao petista. Além disso, o Planalto acusa o governo paulista de omitir a parceria federal na divulgação do túnel Santos-Guarujá. Um relatório interno da comunicação do estado orienta destacar a obra como “conquista da gestão estadual”.

Para especialistas ouvidos pelo jornal Estadão, o tom adotado por Lula indica que a disputa presidencial ganhou contornos antecipados e pressiona partidos do Centrão a definirem posicionamento.

O movimento do presidente reforça o tabuleiro eleitoral e aprofunda a tensão entre Planalto e aliados. Acompanhe outras análises sobre o impacto político desta declaração na editoria de Política do Magazine Notícias.

Crédito da imagem: Wilton Junior/Estadão

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