Língua dos neandertais: estudo aponta ausência de dialetos

Língua dos neandertais: estudo aponta ausência de dialetos

Língua dos neandertais: estudo aponta ausência de dialetos

Língua dos neandertais: estudo aponta ausência de dialetos é a conclusão preliminar de uma pesquisa divulgada no repositório EcoEvoRxiv, indicando que nossos parentes extintos não desenvolveram variedade linguística comparável à dos Homo sapiens.

Língua dos neandertais: estudo aponta ausência de dialetos

O trabalho, ainda em fase de revisão por pares, examinou indícios arqueológicos e anatômicos para determinar quando surgiu a ergodicidade – capacidade de criar múltiplos dialetos que reforçam identidade de grupo. Segundo os autores, ferramentas e artefatos datados de cerca de 500 mil anos revelam que populações de Homo sapiens na Eurásia já produziam objetos diferenciados, sinal de variação cultural e, possivelmente, linguística.

Nos neandertais, porém, a produção material apresentou menor diversidade. A ausência de traços de polifilia – tendência a multiplicar costumes para marcar distinções sociais – sugere limitação na formação de dialetos. Esse quadro é reforçado por diferenças no córtex pré-frontal: exames comparativos indicam que a estrutura cerebral dos neandertais oferecia menos espaço para processos criativos associados à linguagem complexa.

Para os pesquisadores, a dificuldade de Homo neanderthalensis em adotar ou aprender idiomas alheios pode ter dificultado a interação com Homo sapiens. Esse hiato comunicativo, combinado a pressões ambientais, teria contribuído para a extinção do grupo há cerca de 40 mil anos.

Embora o estudo ainda aguarde validação, especialistas ressaltam que a hipótese amplia o debate sobre a evolução da comunicação humana. Conforme detalha o portal de divulgação científica IFLScience, compreender a origem dos dialetos pode esclarecer como a cultura influenciou a sobrevivência de distintas espécies de hominídeos.

Língua dos neandertais: estudo aponta ausência de dialetos - Imagem do artigo original

Imagem: Efrat Bakshitz via Universidade Hebraica de Jerusalém

Resultados futuros, incluindo análises de fósseis vocais e simulações neurológicas, poderão confirmar se a língua dos neandertais era realmente menos variada ou se os registros arqueológicos atuais subestimam sua criatividade cultural.

Para saber como outras inovações influenciaram a trajetória humana, leia também nossa cobertura em Tecnologia e Inovação e continue atualizado.

Crédito da imagem: Efrat Bakshitz/Universidade Hebraica de Jerusalém

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