Líderes europeus reforçam apoio à Moldávia rumo à UE
Líderes europeus reforçam apoio à Moldávia rumo à UE
Líderes europeus reforçam apoio à Moldávia durante visita a Chisinau, sublinhando o projeto de adesão do país à União Europeia e denunciando as “incansáveis” manobras da Rússia para minar essa meta.
Mensagem de solidariedade em plena celebração de independência
Em pleno feriado que marca os 34 anos de independência da Moldávia em relação a Moscou, os presidentes Emmanuel Macron (França) e Maia Sandu (Moldávia), o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro polonês Donald Tusk desfilaram pelo tapete vermelho instalado no Palácio Presidencial. Diante de soldados em capas brancas bordadas, Sandu afirmou que o ingresso na UE “não é um sonho distante, mas um projeto em andamento”.
Preocupação com influência russa nas eleições de outubro
Daqui a um mês, os moldavos irão às urnas em eleições parlamentares consideradas cruciais por Bruxelas e pelo governo local. Pesquisas indicam que o Partido Ação e Solidariedade (PAS), de Sandu, pode perder assentos e sua atual maioria, abrindo espaço para forças pró-Moscou. Merz alertou que o Kremlin “tenta, de forma implacável, sabotar a liberdade e a prosperidade” moldavas, ecoando denúncias de campanhas de desinformação e compra de votos já registradas em pleitos anteriores.
Referendo constitucional e histórico de reformas
No ano passado, um referendo aprovou, por margem apertada, a inclusão formal do objetivo de adesão à UE na Constituição. Pouco depois, Sandu — economista formada em Harvard e ex-funcionária do Banco Mundial — conquistou o segundo mandato presidencial em segundo turno marcadamente tenso. Desde então, o governo intensificou reformas para alinhar o país aos padrões europeus, depois de abrir negociações oficiais de entrada no bloco em 2023.
Guerra na Ucrânia amplia senso de urgência
Com a fronteira ucraniana a poucos quilômetros, Chisinau monitora de perto a ofensiva russa. “A capitulação da Ucrânia só daria tempo para Putin preparar a próxima guerra”, advertiu Merz. Para Macron, a adesão moldava é “uma escolha clara e soberana” que precisará de “solidariedade e confiança” do bloco. Tusk, por sua vez, lembrou o percurso polonês pós-soviético e afirmou que Sandu “escolheu a paz, não a guerra”.
Segundo a BBC, União Europeia e Estados Unidos mantêm apoio financeiro e político como escudo contra tentativas de desestabilização russa, enquanto Kiev e Chisinau atuam em coordenação para conter ameaças híbridas.

Imagem: Internet
O desfecho das urnas em outubro definirá se o PAS obterá novo mandato para acelerar a integração europeia ou se o Parlamento passará a contar com blocos simpáticos ao Kremlin. Até lá, Sandu aposta no respaldo dos parceiros ocidentais para tornar “irreversível” o rumo europeu do país.
Para acompanhar outras análises sobre cenário internacional e economia, visite nossa editoria de Economia e Negócios e fique por dentro dos próximos capítulos.
Crédito da imagem: Global Images Ukraine via Getty Images