Liderança no caos: Alberto Roitman defende gostar de problemas

Liderança no caos: Alberto Roitman defende gostar de problemas

Liderança no caos: Alberto Roitman defende gostar de problemas

Liderança no caos é a expressão escolhida pelo empresário Alberto Roitman para resumir o que, segundo ele, diferencia gestores capazes de inovar de chefes que apenas apagam incêndios. Em entrevista ao programa Humanamente Possível, do portal NeoFeed, o sócio-fundador da Escola do Caos afirmou que, no ambiente corporativo atual, “o caos é sexy” e deve ser encarado como combustível para aprendizado e crescimento.

Liderança no caos: Alberto Roitman defende gostar de problemas

Gravado em 29 de agosto de 2025, o episódio destacou a aversão da sociedade ocidental aos contratempos. Roitman criticou o hábito de se esconder dificuldades dos superiores e lembrou que “o carteiro vira o culpado” quando leva uma má notícia. Para ele, grandes profissionais surgem justamente da capacidade de transformar situações difíceis em competências valiosas.

“Aprendemos a rotular o caos como incompetência, mas ele pode ser energia criativa”, disse o executivo. Ele acrescentou que o futuro da liderança está em converter desordem em inovação, enxergando desafios como oportunidades de reinvenção.

Roitman também confrontou a máxima de que líderes precisam decidir unicamente pela razão. “As piores decisões da minha vida foram racionais. Hoje incentivo escolhas emocionais”, declarou. O fundador da Escola do Caos acredita que, ao considerar sentimentos, o gestor se mantém conectado às pessoas e evita soluções frias que não resolvem a raiz dos problemas.

O empresário ainda rechaçou a ideia de que empresas funcionem como famílias, argumento usado, segundo ele, para justificar comportamentos abusivos. “A liderança tóxica é muitas vezes legitimada pela entrega de resultados, mas corrói a organização”, alertou.

Na análise de Roitman, a sigla VUCA — volátil, incerto, complexo e ambíguo — criada nos anos 1980, não descreve mais o cenário global. Ele prefere o conceito BANI: frágil, ansioso, não linear e incompreensível. Nesse contexto, o volume de informações atinge cerca de 1.500 estímulos diários, enquanto a mente humana assimila apenas 15. “Vivemos a era da superficialidade”, resumiu.

A mensagem final do entrevistado é clara: cultivar liderança no caos implica aceitar a fragilidade do ambiente, filtrar o excesso de dados e decidir com humanidade. Somente assim, afirma, será possível converter ansiedade em criatividade e construir organizações menos tóxicas e mais resilientes.

Estudos recentes, como o publicado pela Harvard Business Review, corroboram a visão de que gestores que abraçam a incerteza apresentam equipes mais engajadas e resultados superiores em inovação.

Quer entender como outras empresas estão aplicando esses conceitos? Leia também a análise sobre gestão humanizada em nossa editoria de Economia e Negócios neste link e continue informado.

Crédito da imagem: NeoFeed

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