Kit Brasil volta a liderar apostas dos fundos multimercados

Kit Brasil volta a liderar apostas dos fundos multimercados

Kit Brasil volta a liderar apostas dos fundos multimercados. A combinação de valorização da Bolsa, fortalecimento do real e expectativa de recuo nos juros voltou a dominar as carteiras, segundo levantamento da XP com 25 gestores macro realizado entre 2 e 8 de setembro.

Depois de perdas expressivas e saídas líquidas superiores a R$ 850 bilhões entre 2022 e o 1º semestre de 2024, os fundos multimercados buscam recuperação apoiados na estratégia que marcou o período de 2008 a 2022. O estudo aponta que 64% das casas estão compradas em ações brasileiras, ante 46% em agosto, enquanto as posições vendidas caíram de 25% para 12%.

Kit Brasil volta a liderar apostas dos fundos multimercados

A alta de 6% do Ibovespa nos 30 dias até 17 de setembro — quando o índice superou 145 mil pontos — reforçou o otimismo. No mercado de juros, 72% dos gestores estão aplicados em taxas nominais, e apenas 8% seguem tomados. Já as apostas em juros reais recuaram de 74% para 44%, refletindo a revisão de expectativa para a Selic em 2026, de 12,5% para 12,25% ao ano.

No câmbio, 68% das gestoras estão compradas em real, ao passo que 76% permanecem vendidas em dólar, que caiu de R$ 5,80 em abril para cerca de R$ 5,30 em meados de setembro. O iene desponta como segunda moeda preferida, com 40% de posicionamento comprado.

A exposição à Bolsa dos Estados Unidos tornou-se mais cautelosa: as posições compradas passaram de 60% em janeiro para 32%, enquanto a fatia neutra saltou de 30% para 56%. Para as demais bolsas globais, 84% dos gestores mantêm postura neutra.

Mesmo com a retomada, o Índice de Hedge Funds Anbima (IHFA) acumula alta de 11,1% em 2025, contra 9,7% do CDI até 15 de setembro. Nos últimos 24 meses, porém, os multimercados ainda rendem 21,8%, abaixo dos 25,7% do benchmark, mostrando que há espaço para a antiga estratégia continuar fechando a distância.

Decisões recentes do Banco Central e do Federal Reserve, que cortou os juros dos EUA em 0,25 ponto, permanecem no radar dos gestores, pois podem influenciar a trajetória da Selic e, consequentemente, o sucesso do Kit Brasil.

Em síntese, a pesquisa indica que a confiança na recuperação da economia doméstica voltou a pautar as alocações, reacendendo uma estratégia conhecida, porém atualizada pelos desafios recentes do mercado.

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Crédito da imagem: Patricia Valle/NeoFeed

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