Keeta acusa 99Food no Cade por cláusulas anticompetitivas

Keeta acusa 99Food no Cade por cláusulas anticompetitivas

Keeta acusa 99Food no Cade por cláusulas anticompetitivas

Keeta acusa 99Food no Cade por cláusulas anticompetitivas ao alegar que a rival estaria impedindo restaurantes de fechar contrato com a operação brasileira da Meituan, prevista para estrear no quarto trimestre.

Keeta acusa 99Food no Cade por cláusulas anticompetitivas

Documentos protocolados no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apontam que a 99Food utiliza um dispositivo de não concorrência que veta alianças entre seus restaurantes parceiros e a Keeta. A cláusula 12.9, anexada pela Keeta, menciona explicitamente a empresa chinesa e proíbe qualquer relação comercial “direta ou indireta” com negócios do grupo Meituan durante a vigência do contrato.

Segundo a denúncia, mais de 100 redes de alimentação já teriam recebido propostas da 99Food que incluem pagamentos antecipados somando cerca de R$ 900 milhões, condicionados à assinatura desse compromisso exclusivo. Para a Keeta, o mecanismo representa “abuso de direito” e viola princípios de boa-fé previstos no ordenamento jurídico brasileiro.

A ofensiva no Cade ocorre após ação movida no Foro Central de São Paulo, na qual a recém-chegada pede a suspensão imediata da cláusula e sua retirada de futuros contratos. A Keeta solicita ainda que a Justiça impeça a prática em todo o mercado de delivery.

A 99Food reagiu com processo próprio, acusando a concorrente de copiar elementos visuais de sua plataforma — combinação de cores, tipografia e até os dois “e” invertidos que lembrariam o número 99. A Keeta nega a semelhança.

Liderada por Tony Qiu, ex-executivo da 99, a operação da Meituan pretende alcançar 100 cidades em 15 regiões metropolitanas até meados de 2026 e cadastrar 100 mil entregadores. Em longo prazo, o alvo é disputar espaço com o iFood, que hoje detém cerca de 80% do setor e anunciou investimento de R$ 17 bilhões até março de 2026.

Questionada, a 99Food informou que não comentará o processo administrativo. O Cade, órgão federal responsável por zelar pela livre concorrência, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o pedido de liminar. Mais detalhes sobre o funcionamento do conselho podem ser consultados no site gov.br/cade.

Para acompanhar a evolução dessa disputa e outras análises sobre o mercado de entregas, visite nossa editoria de Economia e Negócios e continue informado.

Crédito da imagem: NeoFeed

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