JHSF cria veículo de R$ 4,6 bi para girar próprios ativos

JHSF cria veículo de R$ 4,6 bi para girar próprios ativos

Veículo de R$ 4,6 bilhões da JHSF começa a tomar forma com garantia firme de investidores nacionais e internacionais, ampliando a capacidade de financiamento da incorporadora sem recorrer apenas ao próprio balanço.

O instrumento terá como foco a compra e venda de estoques, lotes e produtos imobiliários prontos ou em desenvolvimento, incluindo ativos dos complexos Cidade Jardim e Boa Vista, como Boa Vista Estates, Boa Vista Village, Reserva Cidade Jardim, São Paulo Surf Club Residences (fase 1) e Fazenda Santa Helena (fase 1).

JHSF cria veículo de R$ 4,6 bi para girar próprios ativos

Segundo fontes do mercado, a empresa chegou a estudar um spin-off da divisão de incorporação, mas concluiu que o modelo via veículo de investimento é mais eficiente e mantém a integração entre incorporação e renda recorrente.

Os investidores buscam ganhos de capital na revenda dos imóveis, enquanto os recursos que entram no caixa sustentam a expansão anunciada e deixam a companhia capitalizada para futuros lançamentos. O landbank da JHSF soma cerca de R$ 40 bilhões.

Em junho de 2025, a dívida líquida estava em R$ 1,5 bilhão, equivalente a 1,7 vez o Ebitda ajustado. Com a captação, a companhia projeta posição de caixa líquido positiva, favorecendo uma estrutura de capital “mais dinâmica e moderna”, conforme fato relevante.

A iniciativa segue a lógica da JHSF Capital, gestora interna que já administra 12 fundos e R$ 2,7 bilhões em ativos, geralmente monoativos. Exemplos são o fundo JHSF Capital Cidade Jardim (JCCJ11) e veículos internacionais para os empreendimentos Fasano em Londres e Miami.

Recentemente, o braço de renda recorrente — que abrange shoppings, hospitalidade, gastronomia, residências e o São Paulo Catarina Aeroporto Executivo — impulsionou o lucro líquido semestral em 45,6%, para R$ 245,8 milhões, com receita de R$ 496,1 milhões e Ebitda ajustado de R$ 247,2 milhões.

A operação se alinha a tendências observadas no setor imobiliário global, onde incorporadoras estruturam fundos para reciclar capital, estratégia destacada pela agência Reuters como forma de aumentar liquidez e mitigar riscos.

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Crédito da imagem: Divulgação/JHSF

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