Jerome Powell sinaliza corte de juros e alerta inflação

Jerome Powell sinaliza corte de juros e alerta inflação

Jerome Powell sinaliza corte de juros e alerta inflação

Jerome Powell sinaliza corte de juros e alerta inflação ao abrir o seminário de Jackson Hole nesta sexta-feira (22/8). O presidente do Federal Reserve mostrou disposição para reduzir a taxa básica dos Estados Unidos, mas destacou que o aumento de tarifas imposto pela Casa Branca pode reacender pressões inflacionárias.

Mercados reagem à perspectiva de afrouxamento monetário

Em seu discurso, Powell admitiu que “os riscos econômicos em mudança” justificam uma postura mais flexível do banco central. A sinalização de um possível corte de 0,25 ponto percentual já na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), marcada para 16 e 17 de setembro, animou investidores. O rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos recuou para 3,72%, enquanto o S&P 500 avançou 1,2%.

A repercussão positiva estendeu-se a outros mercados. Principais índices europeus e asiáticos subiram, e o CSI 300, da China, valorizou 2,10% até as 13h (de Brasília). No Brasil, o Ibovespa ganhava 2,16% e superava 137 mil pontos, enquanto o dólar caía para R$ 5,42.

Tarifaço de Trump eleva risco de inflação

Ao mesmo tempo em que abriu caminho para a queda de juros, Powell advertiu que as tarifas comerciais promovidas pelos EUA podem pressionar os preços ao consumidor. “Os riscos para a inflação estão inclinados para cima”, afirmou, citando o encarecimento de produtos importados e o impacto sobre a cadeia de suprimentos.

Grandes companhias já relatam aumento de custos. A Financial Times lembra que a Walmart alertou sobre margens apertadas devido à rotação de estoques adquiridos antes das tarifas. Dirigentes do Fed, como Michelle Bowman e Christopher Waller, temem que um surto inflacionário limite o espaço para estímulos mais agressivos.

Pressões políticas e mudanças no conselho do Fed

A Casa Branca intensificou as críticas ao Fed, defendendo cortes “agressivos” nos juros. A recente saída de Adriana Kugler abriu vaga no conselho, e o presidente Donald Trump pretende indicar Stephen Miran, alinhado à sua visão, para participar já da próxima reunião do FOMC.

Apesar da pressão, Powell manteve a taxa entre 4,25% e 4,50% em 2024, após redução acumulada de 1 ponto percentual. O dirigente ressaltou que futuras decisões dependerão dos dados de inflação e emprego divulgados até setembro.

Com a combinação de estímulo monetário e receio inflacionário, o cenário permanece desafiador para a economia americana. Acompanhe análises diárias em nossa editoria de Economia e Negócios e fique por dentro dos próximos passos do Fed.

Crédito da imagem: NeoFeed

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