Israel exige libertação total de reféns antes de trégua

Israel exige libertação total de reféns antes de trégua

Israel exige libertação total de reféns antes de trégua

Israel exige libertação total de reféns detidos na Faixa de Gaza como condição para qualquer cessar-fogo, colocando em xeque a proposta de 60 dias de trégua aceita pelo Hamas, informaram autoridades do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Exigência de Tel Aviv e princípios do gabinete

Um porta-voz do governo israelense afirmou que a posição “permanece inalterada” e segue os princípios definidos pelo gabinete para encerrar a guerra: todos os 50 reféns devem ser entregues de uma só vez. A postura contrasta com o plano mediado por Catar e Egito, que prevê a libertação escalonada de cerca de metade dos sequestrados.

Proposta catariana-egípcia em detalhe

A iniciativa aceita pelo Hamas retomou, em 98%, o esboço apresentado em junho pelo enviado norte-americano Steve Witkoff. O texto prevê um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual o grupo islâmico entregaria oito reféns vivos no primeiro dia, mais dois no 50º dia, além dos corpos de 18 israelenses em três etapas. Em troca, Israel libertaria 1.500 detentos de Gaza, 150 palestinos condenados à prisão perpétua e 50 presos com penas superiores a 15 anos.

Segundo a BBC, o acordo também determinaria a retirada parcial das forças israelenses para até 1,2 km da fronteira e a permanência em corredores militares no sul do enclave.

Pressões internas sobre Netanyahu

Apesar de ainda não ter respondido formalmente à proposta, Netanyahu enfrenta cobranças divergentes. Ministros da coalizão de extrema-direita, como o titular da Fazenda Bezalel Smotrich, rejeitam “qualquer acordo parcial que abandone metade dos reféns”. Já familiares dos sequestrados e pesquisas de opinião indicam que a maioria da população israelense defende um entendimento imediato para pôr fim ao conflito.

Avanço militar e impacto humanitário

Ainda esta semana, o gabinete deve aprovar o plano das Forças de Defesa de Israel para ocupar Gaza City, onde bombardeios intensificados já provocam novo êxodo de civis. Em quase dois anos de guerra, o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas contabiliza mais de 62 mil mortos no território. Organismos internacionais alertam para colapso dos sistemas de saúde, água e saneamento, além de risco iminente de fome generalizada.

No balanço de hoje, a exigência israelense de libertação integral dos reféns mantém o impasse diplomático e adia a possibilidade de alívio humanitário em Gaza. Acompanhe a cobertura completa sobre o conflito e outras atualizações em nossa editoria.

Crédito da imagem: Reuters

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