Israel convoca 60 mil reservistas para ofensiva em Gaza

Israel convoca 60 mil reservistas para ofensiva em Gaza

Israel convoca 60 mil reservistas para integrar a próxima fase da operação “Carros de Gideão”, que pretende ocupar totalmente Gaza City a partir de setembro, segundo o Exército israelense (IDF).

Israel convoca 60 mil reservistas para ofensiva em Gaza

De acordo com um oficial militar, os reservistas se somarão a cinco divisões de tropa regular já destacadas. Outros 20 mil reservistas terão o período de mobilização prorrogado. As forças estão posicionadas nos bairros de Zeitoun e Jabalia, preparando uma ação descrita como “gradual, precisa e direcionada”.

O plano, aprovado pelo ministro da Defesa Israel Katz e aguardando aval do gabinete de segurança ainda esta semana, prevê ordenar a evacuação de centenas de milhares de palestinos para abrigos no sul da Faixa de Gaza, incluindo a zona costeira de al-Mawasi, onde hospitais de campanha seriam instalados.

A ofensiva sofre críticas de aliados de Israel. O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que a medida “só pode levar a um desastre”, enquanto o Comitê Internacional da Cruz Vermelha alertou para o risco de agravar a já “catastrófica” situação humanitária dos 2,1 milhões de habitantes de Gaza. Em nota conjunta, agências da ONU e ONGs afirmaram que uma nova onda de deslocamentos pode configurar “transferência forçada”.

Os temores humanitários são reforçados por dados da ONU que registram 54 ataques a edifícios residenciais em Gaza City desde 8 de agosto. O Programa Mundial de Alimentos alerta que a desnutrição superou níveis de emergência, com 269 mortes — 112 crianças — atribuídas à falta de comida.

No fronte militar, a brigada Givati retomou operações em Jabalia e arredores de Gaza City, desmontando túneis e posições de combate. Na terça-feira, 15 combatentes palestinos tentaram infiltrar-se em Khan Younis; dez foram mortos e um soldado israelense ficou gravemente ferido, segundo a IDF. Já o Ministério da Saúde de Gaza relatou 21 civis mortos em bombardeios, incluindo três crianças.

Paralelamente, Qatar e Egito tentam mediar uma trégua de 60 dias com libertação de cerca de 25 dos 50 reféns ainda em poder do Hamas. O grupo afirmou ter aceitado a proposta. Israel, contudo, insiste em um acordo que inclua todos os sequestrados — apenas 20 estariam vivos — e ainda não apresentou resposta formal.

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Imagem: Internet

Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos e 251 reféns em Israel, o Ministério da Saúde local contabiliza pelo menos 62.122 mortos em Gaza.

Com a nova mobilização de reservistas, o governo de Benjamin Netanyahu reafirma o objetivo de “libertar todos os reféns” e “concluir a derrota” do Hamas. Katz declarou que, ao fim da operação, “Gaza não será mais como antes”.

Para acompanhar o desenrolar desta ofensiva e outras atualizações do conflito, leia também nossas últimas notícias gerais.

Crédito da imagem: EPA

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