Inteligência artificial será onipresente, diz Softbank
Inteligência artificial será onipresente, diz Softbank
Inteligência artificial será onipresente, diz Softbank. A tecnologia deve permear todos os setores da sociedade e dos negócios, afirmou Maria Teresa Azevedo, diretora de investimentos do Softbank, durante o 26º Encontro Anual do Santander, realizado em 19 de agosto, em São Paulo.
Gestora prevê impacto profundo em saúde e educação
Responsável pelas operações na América Latina, Azevedo comparou a IA à eletricidade, destacando que, “como o ar”, ela estará presente em cada processo corporativo. Segundo a executiva, setores como saúde e educação caminham para um modelo de hiperpersonalização apoiado em algoritmos avançados.
Com cerca de US$ 300 bilhões sob gestão, o Softbank detém participações em gigantes da IA, entre elas OpenAI e Arm, além de recente aporte na Intel. Na região latino-americana, o fundo investiu em 80 companhias desde 2019, destinando US$ 7,5 bilhões — um terço no Brasil. Várias dessas empresas já utilizam inteligência artificial para ganhar eficiência.
Apesar do potencial, encontrar negócios nativos em IA que justifiquem cheques de US$ 20 milhões a US$ 25 milhões ainda é desafiador. “Talvez estejamos em um hiato até que essas empresas atinjam a maturidade necessária”, disse Azevedo. Enquanto isso, o Softbank reforça aportes em companhias que integram melhor a tecnologia.
Saídas e câmbio dificultam estratégia de investimento
A maior barreira, segundo a diretora, está na saída dos investimentos. A janela de IPOs no exterior começa a reabrir, mas ela projeta oportunidades concretas apenas a partir de 2027. A volatilidade cambial também pesa, já que a performance é medida em dólar.
Juan Pablo Zucchini, sócio da Advent, compartilhou a preocupação cambial e afirmou que o foco da gestora é aplicar IA para elevar produtividade e satisfação do cliente em empresas já investidas. Já o fundo de pensão canadense CPP concentra recursos em infraestrutura, especialmente na construção de data centers, área que demanda capital “gigantesco” diante da explosão de dados.

Imagem: Internet
O consenso entre os gestores é de que a inteligência artificial redefine prioridades de investimento e exige infraestrutura robusta. Relatório recente da OCDE confirma a tendência, indicando alta global nos aportes em computação e energia para sustentar modelos cada vez mais complexos.
Para Azevedo, a próxima década será marcada pela aproximação da superinteligência. “Nossas grandes apostas estão na construção desses modelos e na capacidade computacional para desenvolvê-los”, concluiu.
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Crédito da imagem: NeoFeed