IA impulsiona comércio global em 40% até 2040, diz OMC
IA impulsiona comércio global ao reduzir custos e elevar a produtividade, podendo aumentar em até 40% o valor de bens e serviços trocados internacionalmente até 2040, indica o Relatório de Comércio Mundial 2024 da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo o estudo, a expansão projetada varia de 34% a 37% em diferentes cenários, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) global teria salto de 12% a 13% no mesmo período. Ao comentar o levantamento, a vice-diretora-geral Johanna Hill afirmou que a inteligência artificial surge como “ponto positivo” em um ambiente comercial cada vez mais complexo.
IA impulsiona comércio global em 40% até 2040, diz OMC
O documento destaca que algoritmos de tradução baseados em IA podem baratear logística, adequação regulatória e comunicação, beneficiando pequenos produtores e varejistas que buscam novos mercados. Caso invistam em infraestrutura digital, países de baixa renda poderiam ver suas exportações crescerem até 11%.
A OMC avalia, porém, que esses ganhos dependem de políticas inclusivas. Sem investimentos direcionados, a adoção da inteligência artificial tende a ampliar divisões econômicas entre nações e a intensificar desigualdades no mercado de trabalho. “Gerenciar a transição exige aprimorar educação, capacitação e redes de proteção social”, alertou a diretora-geral Ngozi Okonjo-Iweala durante o lançamento do relatório em Genebra.
Para garantir que os benefícios sejam amplamente distribuídos, o órgão defende comércio previsível, tarifas mais baixas sobre insumos essenciais — como semicondutores — e adesão às regras multilaterais. Mais detalhes estão disponíveis no site oficial da OMC, em www.wto.org, referência global para estatísticas e análises sobre comércio internacional.
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Especialistas lembram que as recentes disputas tarifárias, sobretudo entre Estados Unidos e seus parceiros, reforçam a necessidade de estruturas de governança robustas. Nesse contexto, a combinação de IA e regras estáveis pode redefinir cadeias de valor e impulsionar a competitividade mundial.
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Crédito da imagem: Reuters
