Grupo DPSP vai abrir 500 novas farmácias e aposta em exames com inteligência artificial
O Grupo DPSP, responsável pelas bandeiras Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo, definiu um plano de expansão que prevê a abertura de até 500 lojas nos próximos três anos. A estratégia concentra-se nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, mercados apontados pela direção como prioritários para reforçar a presença nacional e enfrentar a concorrência local.
Investimento superior a mil milhões de reais
Segundo o presidente-executivo Marcos Colares, cada nova farmácia exigirá entre 1,5 e 2 milhões de reais. As inaugurações deverão absorver cerca de 60 % do investimento anual, estimado entre 600 milhões e 1 mil milhão de reais. Além das aberturas, o grupo planeia modernizar entre 100 e 170 unidades por ano, com o objetivo de renovar toda a rede — actualmente composta por 1 200 pontos de venda — até 2035.
O executivo sublinha que a proximidade física continua a ser decisiva no sector. “Precisamos estar ao lado do cliente para oferecer uma experiência de compra completa”, afirmou. Essa visão sustenta a criação de hubs de saúde, conceito que transforma a farmácia num ponto de atenção primária, com serviços clínicos e vacinação.
Hubs de saúde em expansão
Hoje, mais de 1 200 lojas do Grupo DPSP prestam serviços de saúde e 360 aplicam vacinas. Duas unidades, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo, já concentram todos os procedimentos autorizados pela Anvisa e servem de modelo para replicação noutros estados. O projecto inclui a oferta de exames que utilizam inteligência artificial para aumentar o acesso ao diagnóstico.
Entre as novidades, a rede lança este mês um exame mamário que combina infravermelhos e algoritmos para produzir relatórios sem radiação. Desenvolvida em parceria com a start-up luso-canadiana LINDA, a solução complementa a mamografia tradicional e pretende facilitar o rastreio precoce do cancro da mama.
No segmento de dermocosméticos, a empresa introduziu o Skin Analyzer, equipamento que mede hidratação e sinais de envelhecimento cutâneo. A ferramenta suporta a actuação de consultores em loja e, segundo o grupo, deve impulsionar as vendas de produtos de cuidado facial.

Imagem: Internet
Crescimento digital e nova logística
Desde a pandemia, o canal online ganhou peso na operação: a participação das vendas digitais passou de 2 % para 25 % da receita. Actualmente, 89 % das farmácias entregam encomendas em até duas horas e todas oferecem recolha em loja no prazo máximo de 60 minutos para pedidos efectuados via aplicação ou site.
Para sustentar estes prazos, o Grupo DPSP prevê abrir, até ao final do ano, um centro de distribuição em Nova Odessa, São Paulo. Outro armazém no mesmo estado deverá seguir-se nos próximos três anos. Posteriormente, dois centros logísticos fora da região Sudeste acompanharão a expansão geográfica, reduzindo até dois terços o custo de transporte, estima a companhia.
Eixos de crescimento
Com a abertura de lojas, a consolidação dos hubs de saúde e o investimento em tecnologia, o DPSP pretende acelerar o ritmo de crescimento nos próximos anos. “Queremos ser a primeira escolha do consumidor em saúde, tanto no ponto de venda físico como no ambiente digital”, resume Marcos Colares.