Grupo Alun compra StartSe e antecipa meta de R$ 1 bi
Grupo Alun compra StartSe em uma operação que combina dinheiro e troca de ações, garantindo a saída do fundo Patria, investidor que aportou R$ 75 milhões na edtech em 2021. O movimento expande o portfólio do conglomerado — dono de Alura, PM3 e Fiap — para educação executiva e reforça a meta de atingir R$ 1 bilhão de receita em 2026, um ano antes do previsto.
Os fundadores da StartSe, incluindo o CEO Junior Borneli, permanecem no negócio e continuam com participação acionária. O management seguirá atuando de forma independente dentro da holding, reportando-se diretamente ao CEO do Grupo Alun, Juliano Tubino.
Grupo Alun compra StartSe e antecipa meta de R$ 1 bi
Segundo Tubino, a convergência entre tecnologia e negócios foi decisiva para o negócio. Com a aquisição, o Grupo Alun projeta faturamento de R$ 800 milhões já em 2025. “A StartSe nos abre novas avenidas de crescimento em um segmento onde ainda não atuávamos”, afirmou o executivo.
A primeira iniciativa resultante da sinergia é o Post-MBA StartSe University, curso de seis a oito meses voltado a executivos. O programa, que terá 50 vagas na turma inaugural e começa no primeiro trimestre de 2026, prevê módulo de imersão de duas semanas no Vale do Silício ou na China.
Criada em 2015, a StartSe já formou mais de 300 mil executivos de 70% das maiores empresas do País. O Grupo Alun, por sua vez, soma 6 milhões de alunos em suas diferentes marcas e pretende impactar 15 milhões de profissionais até 2030.
A transação também engloba participações da StartSe em frentes como a plataforma de investimentos CapTable, a empresa de inteligência Snaq, o marketplace Digitaliza.ai, a desenvolvedora de aplicativos Gempe e o portal Startups.

Imagem: Internet
No cap table do Grupo Alun estão a Crescera Capital e a Seek Capital, que detêm mais de dois terços das ações. O restante é distribuído entre cofundadores, como Paulo Silveira, e executivos que seguirão na operação. A holding nasceu em junho de 2025, fruto da união de marcas de ensino com até três décadas de mercado.
M&A de grande porte não é novidade no setor: levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior aponta que transações voltadas a educação digital cresceram 42% no último ano, pressionando grupos a ampliarem oferta de cursos continuados.
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Crédito da imagem: NeoFeed