Goleiro Cássio relata recusa escolar à filha autista

Goleiro Cássio relata recusa escolar à filha autista

Goleiro Cássio relata recusa escolar à filha autista

Goleiro Cássio relata recusa escolar à filha autista ao denunciar que instituições de Belo Horizonte se recusam a matricular a menina de sete anos porque não permitem a presença de um acompanhante em sala de aula.

Goleiro Cássio relata recusa escolar à filha autista

Segundo o ídolo corintiano, mesmo escolas que se apresentam como inclusivas proíbem a entrada de um profissional que auxilie a criança. “Ver sua filha rejeitada simplesmente por ser autista corta o coração. Inclusão não é propaganda, é atitude”, afirmou o goleiro.

A queixa ocorre em meio à recente atualização da diretriz nacional para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em novembro de 2024, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nova versão do Parecer 50, reduzindo o texto de 69 para 22 páginas e retirando pontos polêmicos.

O documento anterior, de 2023, previa a obrigatoriedade de um acompanhante especializado que também atuasse nas tarefas pedagógicas. A versão homologada pelo Ministério da Educação manteve apenas a figura do profissional de apoio – já prevista em lei – responsável por locomoção, higiene, comunicação e interação social, mas sem atividades educacionais diferenciadas.

A Lei nº 12.764/2012 garante ao aluno com TEA um acompanhante “em casos de comprovada necessidade”, sem detalhar funções. Já a Lei Brasileira de Inclusão define o profissional de apoio como alguém que auxilia em necessidades básicas dentro da escola. Na prática, famílias e terapeutas chamam esses colaboradores de acompanhantes terapêuticos (ATs).

Em abril, um decreto do governo paulista permitiu que responsáveis contratassem seus próprios acompanhantes, acirrando o debate. Críticos alegam que a medida transfere ao setor privado uma obrigação do Estado; defensores dizem ser a única saída imediata para evitar a exclusão de alunos que dependem de suporte extra.

O MEC reconhece que ainda não possui dados sobre quantidade e formação de profissionais de apoio no país. A pasta prometeu capacitar institutos federais e universidades para suprir a demanda e regulamentar a atividade.

No cenário atual, a reclamação de Cássio evidencia a distância entre a legislação e a realidade das salas de aula, reiterando o desafio de transformar a inclusão escolar de conceito em prática efetiva.

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Crédito da imagem: Estadão

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