Gaza City: ataques israelenses forçam nova fuga em massa

Gaza City: ataques israelenses forçam nova fuga em massa

Gaza City: ataques israelenses forçam nova fuga em massa

Gaza City: ataques israelenses forçam nova fuga em massa abriu uma nova onda de deslocamento neste sábado (29), quando milhares de palestinos deixaram o bairro de Zeitoun após seis dias de bombardeios contínuos do Exército de Israel.

Gaza City: ataques israelenses forçam nova fuga em massa

A prefeitura controlada pelo Hamas classificou a situação em Zeitoun como “catastrófica”. O bairro, onde vivem cerca de 50 mil pessoas, enfrenta escassez aguda de água e alimentos, enquanto explosões “que não param” impedem moradores de dormir, segundo relatos locais.

O órgão de defesa civil de Gaza afirmou que pelo menos 40 palestinos morreram em diferentes ataques israelenses no território apenas neste sábado. Do total de vítimas nos últimos meses, a Organização das Nações Unidas estima que 1.760 foram mortas enquanto buscavam comida perto de pontos de distribuição.

Israel anunciou que voltará a permitir a entrada de tendas humanitárias na Faixa, parte de um plano para transferir cerca de 1 milhão de habitantes de Gaza City para acampamentos no sul. Segundo a agência militar Cogat, a medida busca “proteger a população” antes de uma ofensiva terrestre sobre a maior cidade do enclave.

Em Israel, familiares de reféns e movimentos civis convocaram uma greve geral neste domingo (30) contra a proposta de ocupação total de Gaza City, aprovada pelo gabinete de guerra na semana passada. Manifestantes chegaram a bloquear a principal rodovia entre Tel Aviv e Jerusalém, alegando que a expansão da guerra coloca em risco os israelenses ainda mantidos pelo Hamas.

Dentro de Gaza City, a infraestrutura está 80% destruída após quase dois anos de ataques, relatou a prefeitura. Os quatro hospitais remanescentes funcionam com menos de 20% da capacidade devido à falta de suprimentos. A ONU calcula que 1,9 milhão de pessoas — cerca de 90% da população da Faixa — já foram deslocadas, enquanto 251 mortes por desnutrição, incluindo 108 crianças, foram registradas pelo Ministério da Saúde local.

A crise humanitária se agravou após Israel reduzir drasticamente a entrada de ajuda. Mais de 100 organizações denunciaram, em carta da semana passada, que nenhum caminhão conseguiu chegar à região desde 2 de março.

Com a comunidade internacional alertando que “a fome se desenrola diante dos nossos olhos”, a situação em Gaza City permanece crítica, sem prazo oficial para a entrada das tropas israelenses.

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Crédito da imagem: Reuters

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