Evacuação de Gaza City: Israel orienta hospitais
Evacuação de Gaza City: Israel orienta hospitais
Evacuação de Gaza City: Israel orienta hospitais abre uma nova fase do conflito. O Exército israelense informou a autoridades médicas e organismos internacionais que toda a população — cerca de um milhão de pessoas — deverá deixar a cidade antes de uma ofensiva terrestre destinada a ocupar o maior centro urbano da Faixa de Gaza.
Hospitais do sul receberão pacientes deslocados
De acordo com comunicado militar, oficiais do órgão de coordenação (Cogat) já fizeram “chamadas de alerta iniciais” para gestores de saúde, prometendo “ajustes” na infraestrutura hospitalar do sul do enclave para absorver feridos e doentes. “Vamos oferecer um local, seja hospital de campanha ou unidade já existente”, afirmaram.
O Ministério da Saúde controlado pelo Hamas contestou o plano, alegando que a remoção ameaça “o que resta do sistema de saúde” após meses de bombardeios. A pasta alertou que a transferência privaria mais de um milhão de habitantes de atendimento vital e colocaria vidas em risco imediato.
Dados da ONU indicam que apenas 18 dos 36 hospitais de Gaza operam parcialmente, 12 deles na região norte. Entidades humanitárias reforçaram que hospitais do sul funcionam “várias vezes acima da capacidade”, e a recepção de novos pacientes teria “consequências fatais”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou como “vital” um cessar-fogo urgente para evitar “morte e destruição inevitáveis”, conforme nota publicada no portal das Nações Unidas (UN News).
Bombardeios e resistência civil aumentam tensão
Enquanto isso, moradores relataram intensos bombardeios nos bairros orientais de Zeitoun e Sabra. A Defesa Civil administrada pelo Hamas contabilizou 48 mortes somente na quinta-feira, oito delas em Sabra. Drones israelenses sobrevoam a região transmitindo mensagens que instruem a fuga para “zonas seguras” no sul, rotuladas como inseguras por residentes que preferem permanecer em suas casas.
Em Tel Aviv, famílias de reféns pressionam o governo a aceitar proposta de trégua mediada por Catar e Egito, que prevê 60 dias de cessar-fogo e liberação de parte dos cerca de 50 sequestrados ainda em poder do Hamas. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no entanto, insiste em um acordo completo para libertar todos os cativos e acelerar a “derrota final” do grupo islâmico.
Imagem: Internet
Com a ofensiva já em estágio preliminar e tropas posicionadas nos arredores de Gaza City, diplomatas temem um choque humanitário sem precedentes caso a evacuação em massa se concretize.
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Crédito da imagem: Reuters
