Entrega no mesmo dia leva satélites à GEO, diz Impulse

Entrega no mesmo dia leva satélites à GEO, diz Impulse

Entrega no mesmo dia para satélites deixou o campo da ficção científica: a Impulse Space anunciou três acordos que preveem levar cargas da órbita baixa (LEO) à órbita geoestacionária (GEO) em poucas horas, encurtando um processo que hoje leva meses.

Os contratos incluem uma missão-demo com a Anduril em 2026, transporte de satélites MicroGEO da Astranis em 2027 e um acordo de múltiplos lançamentos com a francesa Infinite Orbits a partir do mesmo ano. Todos dependem do estágio de propulsão Helios, desenvolvido pela Impulse.

Entrega no mesmo dia leva satélites à GEO, diz Impulse

Fundada em 2021 por Tom Mueller, ex-líder de propulsão da SpaceX, a Impulse Space aposta no Helios para atuar como “courier” de última milha no espaço. Acoplado a foguetes como o Falcon 9, o módulo usa motor Deneb a metano e oxigênio líquido para impulsionar satélites dos 100–1.200 km de altitude da LEO até os 36.000 km da GEO em menos de 24 horas.

A parceria com a Anduril prevê um satélite Mira equipado com processador de dados, câmera infravermelha e software para operações de proximidade, capacidade considerada estratégica pela Força Espacial dos EUA. Após o transporte relâmpago do Helios, o veículo deve fotografar objetos em órbita e realizar manobras autônomas de alta precisão, possibilitando a chamada “manobra sem arrependimento”.

No segmento comercial, a Astranis utilizará o serviço para ativar rapidamente sua constelação de banda larga. Já a Infinite Orbits firmou um contrato de ride-share batizado Caravan, que agrupará pequenos satélites de manutenção orbital em uma mesma viagem a partir de 2026.

Chegar à GEO impõe desafios adicionais, como a travessia dos cinturões de Van Allen e a necessidade de posicionamento superestável. Segundo a NASA, operar nessa região exige sistemas de proteção robustos contra radiação
(fonte).

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Imagem: Internet

Embora a indústria espacial tenha se concentrado na LEO nos últimos anos, a Impulse acredita que a próxima onda de crescimento virá da GEO, onde a rápida reposição de ativos pode reduzir custos, ampliar serviços de comunicação e reforçar a segurança nacional.

Se o Helios cumprir o prometido, operadores comerciais ganharão meses de receita antecipada, e agências de defesa poderão reposicionar satélites críticos em horas, aumentando a capacidade de resposta em um ambiente orbital cada vez mais disputado.

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Crédito da imagem: TechCrunch

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