Trump e Putin se encontram no Alasca para discutir Ucrânia
Trump e Putin se encontram no Alasca para discutir Ucrânia
Trump e Putin se encontram no Alasca para discutir Ucrânia. O aguardado encontro reuniu, nesta quarta-feira (6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que desceram simultaneamente de seus aviões em Anchorage, no Alasca, para debater caminhos que possam encerrar a guerra na Ucrânia.
Trump e Putin se encontram no Alasca para discutir Ucrânia
Assim que pisaram na pista, os dois líderes trocaram um aperto de mão sobre um tapete vermelho e conversaram de maneira aparentemente amistosa antes de seguirem para um veículo oficial. A reunião foi marcada de última hora e ocorre sem a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que não foi convidado.
Em declaração à imprensa, Zelensky afirmou que a Ucrânia “continua contando com a América” e que “não há qualquer sinal de que Moscou queira interromper o conflito”. O encontro em território norte-americano representa a tentativa mais significativa de diálogo direto entre Washington e Moscou desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022.
Assessores de ambos os governos confirmaram que a agenda inclui, além de um possível cessar-fogo, temas como trocas de prisioneiros, exportação de grãos pelo Mar Negro e segurança energética europeia. Especialistas ouvidos pela BBC avaliam que a escolha do Alasca — região equidistante de Moscou e Washington — busca transmitir neutralidade e reduzir tensões diplomáticas.
Apesar do clima cordial, fontes do Departamento de Estado informaram que não há prazo para um comunicado conjunto e que as conversas podem se estender até o fim da semana. O Kremlin, por sua vez, reiterou que só aceitará propostas que “levem em conta as realidades territoriais atuais” na Ucrânia.
Analistas em Washington lembram que o último encontro presencial entre Trump e Putin ocorreu em Helsinque, em 2018, e foi marcado por controvérsias. À época, críticos acusaram o presidente norte-americano de adotar postura branda diante de questões de segurança cibernética e interferência eleitoral.

Imagem: Internet
Enquanto isso, protestos de comunidades ucranianas foram registrados em Seattle e em Anchorage, pedindo maior apoio militar dos EUA a Kiev e a rejeição de qualquer concessão territorial à Rússia.
No encerramento das atividades do primeiro dia, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, declarou que o governo “ainda não vislumbra um acordo, mas reconhece a importância de manter linhas de comunicação abertas”.
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Crédito da imagem: BBC