Elon Musk quer conectar celular a satélites e mira Verizon

Elon Musk quer conectar celular a satélites e mira Verizon

Elon Musk quer conectar celular a satélites e deu novo passo nessa direção ao fechar, por meio da SpaceX, a compra das licenças AWS-4 e H-block da EchoStar por quase US$ 17 bilhões (cerca de R$ 90,9 bilhões). O negócio amplia o espectro da Starlink e pode permitir, no futuro, que qualquer smartphone compatível acesse internet de alta velocidade direto do espaço.

Durante participação no podcast All-In, o bilionário explicou que os satélites da empresa usarão as novas faixas para oferecer “alta largura de banda” sem depender de torres terrestres. Contudo, os chipsets atuais não leem essas frequências: “Os telefones capazes de usar o novo espectro devem começar a ser enviados em cerca de dois anos”, afirmou.

Elon Musk quer conectar celular a satélites e mira Verizon

Musk acrescentou que, paralelamente, a SpaceX já trabalha com fabricantes de smartphones para incluir os novos rádios e desenvolve satélites compatíveis. A EchoStar possui ainda ativos de frequência fora dos Estados Unidos, o que pode impulsionar a Starlink rumo a um modelo de operadora global, ao mesmo tempo em que, segundo o executivo, não elimina concorrentes existentes. “Para ser claro, não vamos colocar as outras operadoras fora do mercado”, disse.

Possível aquisição da Verizon entra no radar

Perguntado se compraria a Verizon para reforçar o portfólio de espectro, Musk respondeu que a ideia “não está fora de questão”. Embora a operadora — uma das três maiores dos EUA — não esteja à venda e exiba saúde financeira sólida, a trajetória do empresário mostra que movimentos considerados improváveis podem virar realidade: ele já adquiriu o Twitter (hoje X) e lançou a xAI após deixar a OpenAI.

Desafios técnicos e regulatórios

Além de adaptar celulares e satélites, a iniciativa depende de aprovações de órgãos reguladores, como a Federal Communications Commission (FCC), que controla o uso do espectro nos Estados Unidos. O cronograma citado por Musk indica que os primeiros serviços comerciais só ocorrerão após 2025, quando a nova geração de dispositivos estiver no mercado.

Analistas avaliam que a expansão da Starlink pressiona as teles tradicionais a investir em redes híbridas terrestre-satélite para manter cobertura competitiva. Caso a Verizon seja mesmo alvo de aquisição, a consolidação pode redefinir a paisagem de telecomunicações norte-americana e acelerar a adoção global da conectividade direta ao celular.

Em resumo, a SpaceX ganha musculatura com o espectro recém-adquirido, prepara equipamentos compatíveis e não descarta um movimento bilionário sobre a Verizon para viabilizar a internet via satélite no smartphone de qualquer lugar do planeta.

Quer saber como outras inovações vão impactar sua rotina? Acesse nossa editoria de Tecnologia em Magazine Notícias e continue informado.

Crédito da imagem: Shutterstock

Posts Similares

Deixe uma resposta