El Mayo Zambada admite culpa nos EUA por narcotráfico

El Mayo Zambada admite culpa nos EUA por narcotráfico

El Mayo Zambada admite culpa nos EUA por narcotráfico

El Mayo Zambada admite culpa em duas acusações de tráfico e conspiração, encerrando uma trajetória de quase 50 anos no comando do Cartel de Sinaloa, maior organização criminosa do México.

El Mayo Zambada admite culpa nos EUA por narcotráfico

O veterano narcotraficante Ismael “El Mayo” Zambada, de 77 anos, reconheceu perante um tribunal federal no Brooklyn a criação e a manutenção do vasto esquema que enviou toneladas de cocaína, heroína e metanfetamina aos Estados Unidos desde o fim dos anos 1980. Durante a audiência, ele pediu desculpas, por meio de intérprete, “pelo grande mal causado aos povos dos Estados Unidos e do México”.

A confissão ocorre semanas depois de a acusação norte-americana descartar a pena de morte. Segundo a promotoria, o réu deve receber sentença mais branda, mas continuará preso até o fim da vida. A leitura da pena está marcada para janeiro de 2026.

Capturado no Texas em 2024, Zambada foi entregue às autoridades após suposta armadilha armada pelos filhos de seu ex-sócio Joaquín “El Chapo” Guzmán, hoje cumprindo prisão perpétua. O encontro com Joaquín Guzmán López, um dos “Los Chapitos”, teria levado El Mayo a embarcar em um avião leve que pousou perto de El Paso, onde agentes o detiveram imediatamente.

A troca de lealdades intensificou a divisão no Cartel de Sinaloa: de um lado o grupo comandado por Zambada; do outro, a facção dos filhos de El Chapo. O conflito continua principalmente no estado de Sinaloa.

Durante décadas, El Mayo evitou prisões espetaculares e permaneceu nas sombras, diferentemente de El Chapo, famoso por fugas cinematográficas em 2001 e 2015. Ainda assim, Zambada foi igualmente implacável, financiando corrupção entre policiais, militares e políticos, conforme admitiu no tribunal.

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Imagem: Internet

Autoridades norte-americanas comemoraram o desfecho. “El Mayo passará o resto da vida atrás das grades”, afirmou a procuradora-geral Pam Bondi. O caso reforça a estratégia dos EUA de negociar acordos de culpa com líderes do crime organizado, como já ocorreu com Ovidio Guzmán, que se declarou culpado em Chicago mês passado, e outros 17 membros da família Guzmán que negociam colaboração.

Mais detalhes sobre a audiência podem ser conferidos na cobertura da agência Reuters, referência internacional em jornalismo.

Para acompanhar desdobramentos dessa e de outras investigações, visite nossa editoria de Notícias Gerais e continue informado.

Crédito da imagem: Reuters

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