Dólar segue fraco até 2025, dizem Itaú e UBS BB
Dólar segue fraco até 2025, dizem Itaú e UBS BB. A moeda americana, que acumula queda de 15,3% no ano, tende a manter-se abaixo de R$ 5,40 no curto prazo, impulsionada pelo primeiro corte de 0,25 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos desde 2023 e pela Selic fixa em 15%.
O Itaú Unibanco reduziu sua projeção para o câmbio de R$ 5,50 para R$ 5,35 em 2025, valor levemente superior aos R$ 5,31 observados no fechamento de 18 de setembro. Já o UBS BB baixou sua estimativa para R$ 5,40 no mesmo período, ante os R$ 5,80 calculados anteriormente.
Dólar segue fraco até 2025, dizem Itaú e UBS BB
As revisões refletem a decisão do Federal Reserve de reduzir a taxa básica para a faixa de 4% a 4,25%. Para os economistas do Itaú, o afrouxamento monetário nos EUA reforça o enfraquecimento global da divisa e favorece moedas de países com juros elevados, como o real. O banco ressalta que o diferencial entre a Selic e a taxa americana deve manter o câmbio apreciado “no horizonte de curto prazo”.
O UBS BB compartilha a visão. Em relatório, lembra que o Copom manteve a Selic no maior patamar em duas décadas, o que aumenta a atratividade dos ativos brasileiros: “Os fatores de curto prazo sustentam a valorização do real”, destaca o documento.
O panorama muda em 2026. O Itaú manteve a previsão de R$ 5,50, citando déficit em conta corrente de US$ 75,2 bilhões — 3,5% do PIB — e a expectativa de início de cortes na Selic apenas a partir de 2026. Segundo o banco, a redução do diferencial de juros e as contas externas fragilizadas tendem a pressionar o câmbio.
O UBS BB acrescenta à lista de riscos a turbulência política. Em outubro de 2026, eleitores escolherão presidente, governadores, deputados, senadores e assembleias estaduais, cenário que historicamente aumenta a volatilidade do mercado cambial.

Imagem: Internet
No pregão de hoje, às 10h15, o dólar subia 0,15%, cotado a R$ 5,32. Apesar do ajuste pontual, analistas reforçam que o “alívio” deve prevalecer até meados de 2025, quando o movimento de queda dos juros americanos ainda estiver em curso.
Para acompanhar mais análises sobre câmbio e mercado financeiro, visite a editoria de Economia e Negócios e fique por dentro das últimas projeções.
Imagem: Reprodução