Dinamarca convoca diplomata dos EUA por influência na Groenlândia
Dinamarca convoca diplomata dos EUA por influência na Groenlândia
Dinamarca convoca diplomata dos EUA por influência na Groenlândia logo após a TV pública DR revelar uma suposta operação secreta norte-americana destinada a fomentar a separação da ilha do reino dinamarquês.
Denúncias de campanha de influência
Segundo a emissora, cidadãos dos Estados Unidos teriam viajado à capital Nuuk para identificar lideranças locais favoráveis à independência e, em seguida, recrutá-las. As fontes não indicaram para qual órgão esses agentes trabalhavam, mas o objetivo seria aproximar a Groenlândia de Washington.
Reação do governo dinamarquês
O ministro das Relações Exteriores Lars Løkke Rasmussen convocou o encarregado de negócios norte-americano em Copenhague, Mark Stroh, afirmando que “qualquer tentativa de interferir nos assuntos internos do Reino é inaceitável”. O Departamento de Estado confirmou o encontro e declarou que a conversa “reafirmou os fortes laços” entre Dinamarca, Groenlândia e EUA, sem comentar “ações de cidadãos privados”.
Alerta dos serviços de inteligência
O serviço de segurança PET avaliou que campanhas de influência buscam “criar discórdia” entre Copenhague e Nuuk, explorando divergências reais ou fabricadas. A agência reforçou sua presença na ilha e intensificou a cooperação com as autoridades locais.
Contexto: ambições de Washington
Nos últimos anos, o ex-presidente Donald Trump declarou interesse em anexar a Groenlândia e chegou a dizer que não descartaria o uso da força. Já o vice-presidente JD Vance acusou Copenhague de subinvestir no território. Em resposta, a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen advertiu que “não se anexa outro país”.
A Groenlândia dispõe de autogoverno desde 1979, mas defesa e relações exteriores continuam sob responsabilidade da Dinamarca. Embora partidos locais defendam a independência, pesquisas indicam que a maioria rejeita se tornar parte dos EUA.

Imagem: Internet
Para saber mais detalhes sobre a repercussão internacional, confira a cobertura da BBC News, veículo que acompanha de perto as relações entre Washington e Copenhague.
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Crédito da imagem: Getty Images